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Pequenas marcas de refrigerantes têm mais dificuldade para driblar a crise

Por Portal de Bebidas Brasileiras| 08/12/2015

A combinação de inflação e recessão fez as pequenas empresas de refrigerantes perderem parte de sua vantagem competitiva em relação às grandes, a de oferecer os preços mais baixos.

As maiores empresas conseguem balancear repasses de custos entre diferentes produtos e fazem promoções mais agressivas.

Os pequenos não têm estrutura para isso, afirma Fernando Bairros, presidente da Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil), que agrega as empresas desse porte.

“O nosso produto é muito sensível aos preços deles. Nós não conseguimos baixar mais”, diz Bairros.

“Nós repassamos os preços, não temos como segurar”, diz Lucas Devito, gerente administrativo da companhia de refrigerantes que leva o seu sobrenome.

O volume de produção da Devito caiu 7% neste ano, segundo Lucas. Para mitigar os efeitos dessa queda, a empresa aumentou a produção de pinga e começou a vender uma nova bebida, a groselha.

A aproximação dos preços das marcas de refrigerantes mais conhecidas com as outras aconteceu em casos isolados, diz Alexandre Kruel Jobim, presidente da associação que reúne os grandes produtores, a Abir.

“Os números deles são piores por eficiência, escala e organização.”

O ano que vem não deve ser melhor, já que o setor espera aumentos de impostos estaduais, afirma Jobim.

Absorção de custos
A marca gaúcha de refrigerantes Fruki teve uma queda no volume de vendas de 2,3% no acumulado até novembro, na comparação com o mesmo período de 2014. Na região Sul, o recuo foi de 7%.

“Tivemos muitas chuvas e o calor não foi tão forte, isso foi o que mais nos prejudicou. Mas ainda acho que podemos reverter a situação em dezembro”, diz Nelson Eggers, presidente da companhia.

A elevação dos custos durante o ano, provocada pela alta do dólar, foi outro problema que afetou a empresa.

“Tivemos incremento do preço do açúcar, do alumínio, das resinas plásticas e da energia elétrica, mas conseguimos não repassar para o consumidor”, acrescenta.

Os maiores concorrentes na região adotaram a mesma estratégia de absorver a elevação do valor dos insumos.

Com investimento de R$ 16 milhões, a Fruki vai inaugurar no primeiro semestre um novo centro de distribuição. A empresa espera crescer 5% em volume em 2016

Fonte: Folha Online