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'Pagamos impostos para manter empresas na Zona Franca?', contesta Heródoto

Jornalista alerta sociedade sobre estratégias usadas por empresas para obterem benefícios fiscais

Por Heródoto Barbeiro| 24/03/2020

“Como a Zona Franca de Manaus tem isenção de pagamento de impostos, as multinacionais que não produzem na região batem o carimbo, dizem que fabricam lá e ganham benefícios fiscais”, critica o renomado jornalista Heródoto Barbeiro. Ele afirma que, com o passar dos anos, empresas instaladas na região passaram a acostumar-se com as regalias de benefícios concedidos pelo governo.

“Não é possível que, por pressão política e por pressão de grupos econômicos poderosos, nós, contribuintes que pagamos impostos ao Brasil, também somos obrigados a pagar impostos para manter essas empresas que não pagam coisa nenhuma lá em Manaus”, lamenta o jornalista, que também é formado em história pela USP (Universidade de São Paulo).

Para Barbeiro, a concessão de incentivos fiscais a multinacionais instaladas no Polo Industrial de Manaus não tem sentido algum. Segundo ele, as grandes corporações na Zona Franca, como Coca-Cola e Ambev, já tiveram tempo o suficiente para se modernizarem, podendo concorrer com as demais empresas pagando os mesmos impostos, justamente, como em qualquer outro lugar do Brasil.

O jornalista chama atenção da população brasileira, afirmando que a regalia de benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus “tem o custo de cerca de R$ 52 bilhões, trazendo prejuízo aos cofres públicos”. De acordo com ele, multinacionais “não precisam de ajuda do governo para sobreviver”.

Heródoto se revolta com o lobby promovido por multinacionais contra o governo, pressionando-o para a continuidade da farra de incentivos fiscais da região da Zona Franca, que favorecem as grandes empresas, em detrimento de outras.