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Em maio, produção industrial cai em 8 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE

Reportagem do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostra estados que registram quedas no período, conforme pesquisa do órgão divulgada neste mês de julho

Por Portal de Bebidas Brasileiras| 18/07/2019

Na série com ajuste sazonal, 8 dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas, acompanhando o recuo (-0,2%) da indústria nacional. As quedas mais acentuadas foram no Espírito Santo (-2,2%), Rio Grande do Sul (-1,4%), Santa Catarina (-1,3%) e Minas Gerais (-1,0%), com Região Nordeste (-0,9%), Ceará (-0,9%), Mato Grosso (-0,7%) e Pernambuco (-0,6%) a seguir.

O Pará teve a maior alta da série histórica (59,1%) com a retomada do setor extrativo. As demais taxas positivas foram no Rio de Janeiro (8,8%), Goiás (1,6%), Amazonas (1,2%), Bahia (1,1%), Paraná (0,7%) e São Paulo (0,1%). O material de apoio da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional está à direita.

Com o decréscimo de 0,2% da produção industrial nacional entre abril e maio de 2019, na série com ajuste sazonal, oito dos quinze locais pesquisados mostraram taxas negativas. Os recuos mais acentuados foram no Espírito Santo (-2,2%), Rio Grande do Sul (-1,4%), Santa Catarina (-1,3%) e Minas Gerais (-1,0%), com o primeiro local marcando a segunda taxa negativa consecutiva e acumulando perda de 6,7% no período; o segundo eliminando parte do crescimento de 3,2% registrado em março e abril de 2019; o terceiro interrompendo quatro meses seguidos de alta, período em que acumulou expansão de 4,9%; e o último voltando a recuar após apontar ligeiro acréscimo de 0,1% em abril de 2019. Região Nordeste (-0,9%), Ceará (-0,9%), Mato Grosso (-0,7%) e Pernambuco (-0,6%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em maio de 2019.

No lado das altas, o Pará mostrou crescimento atípico de 59,1%, o avanço mais elevado nesse mês e na série histórica da pesquisa, impulsionado pela retomada da produção de importante planta produtiva no setor extrativo. Essa expansão reverteu três meses consecutivos de queda, com perda acumulada de 38,7% no período. As demais taxas positivas foram no Rio de Janeiro (8,8%), Goiás (1,6%), Amazonas (1,2%), Bahia (1,1%), Paraná (0,7%) e São Paulo (0,1%).

Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral da indústria recuou (-0,4%) no trimestre encerrado em maio, frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória predominantemente descendente iniciada em agosto de 2018. Esse indicador ficou negativo em sete dos quinze locais pesquisados e os recuos mais acentuados foram em Mato Grosso (-1,6%), Espírito Santo (-1,3%), Região Nordeste (-1,3%), Minas Gerais (-1,0%), Bahia (-0,8%) e Pará (-0,7%). Já as maiores altas foram no Rio de Janeiro (1,9%), Paraná (0,9%), Goiás (0,6%), Pernambuco (0,6%) e Rio Grande do Sul (0,6%).

Na comparação com maio de 2018, o crescimento de 7,1% da indústria do país foi acompanhado por doze dos quinze locais pesquisados. Dois fatores influenciaram esse avanço: o efeito-calendário (maio de 2019 teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior) e a baixa base de comparação, pois em maio de 2018, a atividade industrial havia recuado 6,3%, refletindo os efeitos da paralisação dos caminhoneiros.

Os maiores avanços nessa comparação foram no Paraná (27,8%), Rio Grande do Sul (19,9%) e Santa Catarina (19,3%). No entanto, Goiás (13,9%), Pernambuco (13,6%), Bahia (12,3%), São Paulo (11,7%) e Ceará (11,4%) também registraram taxas positivas acima da média nacional (7,1%), enquanto Região Nordeste (6,6%), Mato Grosso (5,7%), Rio de Janeiro (5,1%) e Amazonas (3,0%) completaram o conjunto de locais em alta.

O recuo mais intenso foi no Espírito Santo (-17,4%), devido ao comportamento negativo das indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados ou sinterizados, óleos brutos de petróleo e gás natural). As demais taxas negativas foram em Minas Gerais (-2,4%) e Pará (-0,7%).

No acumulado do ano, frente a igual período de 2018, a redução na produção nacional alcançou sete dos quinze locais pesquisados, com destaque para Espírito Santo (-11,8%), Pará (-6,2%) e Minas Gerais (-4,3%), pressionados, principalmente, pelos recuos assinalados por indústrias extrativas e em celulose, papel e produtos de papel (celulose), no primeiro local; indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados), no segundo; e indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados), no terceiro. Mato Grosso (-2,7%), Amazonas (-1,8%), Rio de Janeiro (-1,5%) e Região Nordeste (-1,4%) completaram o conjunto de locais com recuo acumulado no ano.

As maiores altas foram no Paraná (10,4%), Rio Grande do Sul (8,8%) e Santa Catarina (6,1%). As outras taxas positivas foram no Ceará (3,6%), Goiás (3,2%), Pernambuco (1,5%), São Paulo (0,5%) e Bahia (0,1%).

Na análise semestral, contra igual período do ano anterior, o recuo de 0,7% no período janeiro-maio de 2019 mostrou um menor dinamismo da a indústria do país frente ao último semestre de 2018 (0,0%) e manteve a clara perda de ritmo iniciada no segundo semestre de 2017 (4,0%). Nove dos quinze locais pesquisados também assinalaram perda de dinamismo, com destaque para Pará, que passou de 11,0% no segundo semestre de 2018 para -6,2% no índice acumulado dos cinco primeiros meses de 2019, Espírito Santo (de 2,7% para -11,8%), Minas Gerais (de -0,8% para -4,3%), Pernambuco (de 4,8% para 1,5%) e Mato Grosso (de 0,3% para -2,7%). Por outro lado, Goiás (de -5,7% para 3,2%) e Paraná (de 2,7% para 10,4%) apontaram os avanços mais acentuados entre os dois períodos.

O acumulado nos últimos doze meses passou de -1,1% em abril para 0,0% em maio de 2019 e interrompeu a trajetória descendente iniciada em julho de 2018 (3,3%). Oito dos quinze locais pesquisados tiveram taxas positivas, mas doze mostraram maior dinamismo frente a abril. Os principais ganhos de ritmo foram no Paraná (de 3,1% para 6,3%), Rio Grande do Sul (de 6,5% para 9,2%), Goiás (de -4,9% para -2,5%), Santa Catarina (de 2,8% para 5,0%), Bahia (de -0,8% para 1,4%), Mato Grosso (de -2,6% para -0,9%) e Ceará (de -0,1% para 1,5%). As desacelerações nesse período foram no Espírito Santo (de -3,2% para -4,1%), Pará (de 5,0% para 4,4%) e Amazonas (de -2,7% para -2,8%).

Fonte: IBGE