Com presença de associados da Afrebras, intercâmbio reúne executivos

Reforma da previdência, propostas de reforma tributária e sugestões de rotulagem nutricional, previstas para aquecer ainda mais as discussões no país no segundo semestre, marcaram o Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria de Bebidas. Com a participação de associados da Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil), o evento ocorreu na CNI (Confederação Nacional da Indústria), por meio do PDA (Programa de Desenvolvimento Associativo), em Brasília, e terminou na última quarta-feira (17).

Realizado anualmente, o intercâmbio teve início na terça-feira. O objetivo é estimular a reflexão sobre o papel dos sindicatos e promover o compartilhamento de informações de interesse do setor e de experiências de gestão sindical, visando ao fortalecimento do setor, da rede sindical e do sistema de representação da indústria, como por meio de associação.

O advogado Sérgio Sell, sócio administrador das Bebidas Leonardo Sell, do Guaraná Pureza, e o executivo Vanéri Antonio Verri, das Bebidas Monte Roraima, são dois associados da Afrebras que compareceram ao evento. O intercâmbio reúne representantes de refrigerantes, água mineral, cachaça, vinho, cerveja e outras bebidas.

“O intercâmbio reforça muito a ideia de desenvolver o associativismo e mostra o suporte a indústrias e sindicatos, além de ajudar no desenvolvimento do setor. Também aponta caminhos de financiamento e assessorias e faz indicações para obtenção de recursos”, diz Sell, que também é presidente do Siresc (Sindicato das Indústrias de Refrigerantes do Estado de Santa Catarina).

“Foi muito bom e importante para o setor de bebidas. Precisamos fazer parcerias”, afirma Verri, que compareceu ao evento também representando o Sindicato das Indústrias de Bebidas no Estado de Roraima. “Devemos levar em consideração a força de um setor organizado. A CNI, com o apoio das respectivas federações, vejo como grande força para a Afrebras, já que os assuntos são de interesse para setor bebidas”, acrescenta.

SEGUNDO SEMESTRE

Representantes do setor de bebidas reforçaram que têm acompanhado de perto as discussões sobre a reforma da Previdência, que terá de ser aprovada em segundo turno de votação, previsto para se iniciar em 6 de agosto, após o recesso parlamentar (de 18 a 31 de julho). Além disso, eles destacaram que também estão de olho nas propostas de reforma tributária: uma da Câmara dos Deputados; outra do Senado; e uma terceira que parte do governo.

“Na minha opinião, a proposta encampada pela Câmara é a mais favorável para o nosso setor de bebidas, porque agregaria toda a tributação estadual, federal, municipal”, afirma Sell. “Resolveríamos a guerra entre estados e deixaríamos uma margem para discussão sobre simples imposto que vai ser aplicado em substituição aos impostos federais”, acrescenta.

Encabeçada pela Câmara, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 45 segue a linha do economista Bernard Appy, do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF). Ele acredita que o ambiente está mais favorável à criação do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que abarca tributos sobre consumo de União, Estados e municípios. Além disso, contesta a posição da equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro, que é de começar a reforma só com a criação de um IVA dos tributos federais.

ESTADO DE ALERTA

O presidente da Afrebras, Fernando Rodrigues de Bairros, tem alertado os associados sobre a importância de se mobilizarem e participarem das discussões ativamente. “É extremamente necessário o envolvimento intenso de todos”, alerta. “Juntos, formaremos e fortaleceremos a nossa posição, seja ela qual for”, emenda.

“Torço para que a Afrebras continue fazendo seu trabalho. A associação está no caminho certo. O caminho é este: a defesa do setor”, enfatiza Sell.

A rotulagem nutricional, que impacta no setor de alimentos e bebidas, também foi discutida no intercâmbio. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) marcou para setembro a publicação da consulta pública sobre a revisão da rotulagem nutricional de alimentos, baseada no Relatório Final da Análise de Impacto Regulatório (AIR), previsto para ser concluído no mesmo mês.

Fonte: Assessoria de Comunicação e Imprensa da Afrebras | Foto: Miguel Ângelo/CNI

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