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Bolsonaro é ovacionado após redução de incentivos fiscais da Zona Franca

Internautas fazem onda de repúdio aos esquemas e pressões articulados por Coca-Cola e Ambev

Por Braian Bernardo| 13/01/2020

A decisão do presidente Jair Bolsonaro de reduzir a alíquota de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para as multinacionais de concentrados refrigerantes na Zona Franca de Manaus, como Coca-Cola e Ambev, está sendo ovacionada por internautas. Eles parabenizam o governo federal por não ter cedido às intensas pressões e ameaças das corporações instaladas na região, como Coca-Cola, Ambev e Heineken, que forçam a barra para manterem a farra dos benefícios fiscais.

Na prática, Bolsonaro decidiu não editar um novo decreto este ano, o que permitiu a queda da alíquota para 4%. Com isso, ficaram mantidos os efeitos do Decreto 9.394 de 2018, assinado naquele ano pelo então presidente Michel Temer e que estabeleceu o porcentual menor a partir de janeiro de 2020. Antes, o benefício fiscal era de 20%, mas o decreto estabeleceu uma redução escalonada até chegar ao índice atual.

Os comentários estão bombando em vários perfis de redes sociais, como ocorre no Instagram e Facebook da Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil). A entidade luta há 15 anos pelo fim dos privilégios às multinacionais de bebidas e defende o desenvolvimento do Brasil como um todo, sem priorizar uma região em detrimento das demais.

Os internautas reagiram à notícia reproduzida pelo Portal de Bebidas Brasileiras, mostrando que Bolsonaro derrotou o lobby da Coca-Cola e Ambev, que, ao longo de 2019, forçaram muito uma manobra para induzir Bolsonaro a ampliar ou prorrogar o valor da alíquota de IPI, de modo que continuasse a farra de incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus.

“Medida mais que acertada. Essas empresas, por muitos anos, utilizam manobras para não pagarem nenhum imposto ao governo. Obtêm lucros exorbitantes e, por fim, geram concorrência desleal com as empresas de menor porte”, escreveu Sebastião Cardoso no Facebook.

O internauta Jefferson de Araújo França compara o monopólio da empresa brasileira de alimentos JBS e da multinacional de bebidas Ambev. “É como a JBS. Um monopólio como Ambev, que fatura em cima e sem pagar imposto, enquanto os pequenos que querem produzir seus refrigerantes pagam altas cargas tributárias, não prosperam ou não conseguem lucrar para gerar empregos em território nacional”, critica.

Em outro comentário, Leandro Ricardo lembra que, enquanto o valor da alíquota era maior, o prejuízo das empresas de bebidas brasileiras era notório. “Enquanto isso os outros fabricantes se ferravam, havia benefício só para as multinacionais”, diz o internauta.

Alguns internautas afirmam que multinacionais de bebidas poderiam colaborar melhor com o desenvolvimento de todo o Brasil, se pagassem um valor maior de impostos, proporcional à produção. “Parabéns, presidente! Essas empresas podem pagar mais impostos para ajudar a nação em várias áreas”, escreve Valdy Santana. “Ganham muito dinheiro, então tem de pagar muito imposto também”, afirma Manoel Rocha.

Sergio Sante também aumenta a onda de repúdio aos incentivos fiscais concedidos pelo governo a multinacionais de bebidas que estão instaladas na região da Zona Franca de Manaus. “Benefícios tributários para empresas milionárias? Escravizam funcionários, pagam a eles salários miseráveis e lucram bilhões, tem que cobrar mesmo”, escreve.

Celso Ferreira Santos ressalta: “Estou com o presidente. Empresa grande não precisa de incentivo fiscal”, disse. Outro internauta sugere o possível caminho para o valor economizado com a redução dos incentivos fiscais da indústria de refrigerantes da Zona Franca. “Esses recursos podem ir para a saúde, ou também para pequenas empresas, pois as grandes não precisam”, escreve Sebastião Araújo Bellem.

“Parabéns ao nosso presidente Bolsonaro e ao Ministro Paulo Guedes”, afirma Rosangela Prado. “Será que é verdade [a notícia da redução de incentivos]? Se for, é para isso mesmo que votei em Bolsonaro”, afirma Milton Luiz da Silva. Em outro comentário, em ironia, Assunção Menezes destaca que quem deve “se ferrar, são os funcionários da Recofarma (Coca-Cola) e Ambev”.

Acompanhe a repercussão da decisão do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais da Afrebras no Instagram e também no Facebook!