Brasília

-

Hoje

28ºC

17ºC

Amanhã

28ºC

19ºC

IBOVESPA | 1,74% (129.125,51 pontos)

Compre do pequeno: Bebidas Planalto Médio pede união aos consumidores

Diretora afirma que indústria e comércio funcionam como engrenagem para emprego e renda

Por Braian Bernardo| 18/08/2020

“Se a industria e comércio vão bem, favorece a geração de emprego e renda à região. Tudo é uma engrenagem”, afirma a diretora da indústria Bebidas Planalto Médio, Mariele Cherobini. Em entrevista ao Portal de Bebidas Brasileiras, nesta segunda-feira (17), a empresária ressaltou o importante papel do público no giro da economia local e pediu a união de consumidores para fortalecer a valorização de pequenas e médias empresas de bebidas regionais.

A indústria, que fica em Passo Fundo, a cerca de 295 quilômetros de Porto Alegre, é associada da Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil) e fortalece a campanha “Compre do pequeno”. A mobilização, que chega à 13ª reportagem, busca a valorização de empresas regionais, principalmente durante a pandemia da Covid-19, doença que assombra o Brasil com mais de 3.000.000 de casos confirmados no país.

A alta proliferação do vírus fez com que governos estaduais do Brasil decretassem o isolamento social da população e, segundo Mariele, nos últimos cinco meses, a empresa registrou queda de quase 20% nas vendas do negócio. De acordo com ela, para enfrentar este cenário, a fábrica, que produz o refrigerante Tatti, além de tentar implementar novas bebidas ao repertório, optou por outras alternativas de divulgação e vendas dos produtos para aliviar o impacto dos efeitos da pandemia.

Enfrentando a pandemia

“Sempre procuramos cumprir o que os decretos determinavam, pois no início [do surto do novo coronavírus] não tínhamos ideia das consequências que viriam dessa pandemia”, afirma a diretora. “Nos reunimos com o quadro de funcionários e pedimos a colaboração de todos no que tange às recomendações de prevenção. Também asseguramos que, nós, como empresa, faríamos de tudo para evitar demissões”, acrescenta ela.

Mariele assevera que não houve redução no quadro de funcionários nem redução salarial. Ela pondera que a diretoria da indústria procurou adequar a carga horária dos colaboradores para evitar aglomerações, com a condição de que a adequação das horas de trabalho será compensada após a normalização com o fim do surto.

Neste período, de acordo com a diretora, parte da administração pública, imprensa e órgãos de conscientização, fortaleceram uma campanha para prestigiar e ajudar o comércio e indústrias locais, o que, segundo ela, fez com que o impacto da pandemia não fosse tão expressivo. Durante esse período, a fábrica implementou novidades na linha de destilados, inovando o mix de produtos, que também conta com a produção de refrigerantes e energéticos.

Para enfrentar o cenário de isolamento social da população e o fechamento do comércio, a fábrica, em primeiro momento, suspendeu visitas físicas dos vendedores e focou em trabalhar com tecnologias disponíveis, como Whatsapp e televendas. Essa mudança foi bem vista pela diretora da indústria, que diz acreditar que, depois da pandemia, vai agregar positivamente no perfil de compras e vendas da empresa.

Mariele ressalta que a principal dificuldade continua sendo a concorrência com grandes empresas, como Ambev e Coca-Cola, que diante disso também diminuíram seus preços de venda. “Também temos várias indústrias regionais que aventuram-se no mercado com baixos preços e produtos de baixa qualidade, e depois simplesmente desaparecem”, alerta ela, sobre o desespero de fábricas para conseguirem se manter em atividade.

Fidelidade dos consumidores

Para a diretora da fábrica Bebidas Planalto Médio, realçar a relação empresa-consumidor é uma das estratégias viáveis para fortalecer o negócio. Ela assevera que a indústria está procurando fidelizar ainda mais os clientes para tentar superar este momento extremamente delicado.

“Os consumidores devem unir-se e valorizar os produtos locais, não só nos períodos de crise. Se a indústria e o comércio vão bem, favorece a geração de emprego e renda à região”, ressalta Mariele. “Sendo assim, essas mesmas pessoas estão consumindo na própria região e gerando mais empregos e tributos nos mais diversos setores da economia”, completa a diretora.