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Controle Estatístico do Processo foi desenvolvido há quase 100 anos por estudioso norte-americano
Por Checklist Fácil | 01/10/2020
Atualmente, os dados de qualidade nas indústrias, gerados através de medições de produtos ou processos, são obtidos em tempo real durante a fabricação dos itens. E por já contar com essa capacidade, o Controle Estatístico do Processo, ou CEP, é essencial para monitorar cada um dos procedimentos.
Esse controle de variação ajuda a registrar dados e permite ver quando um evento incomum está acontecendo. Ou melhor: consegue prever quando ele pode ocorrer!
Muitas das máquinas utilizadas atualmente já possuem o Controle Estatístico do Processo incorporado com programas e softwares instalados para controle e análise. Mas você já sabe como ele funciona na prática, o que precisa para implementar e quais os benefícios que ele traz para sua operação?
Podemos definir o Controle Estatístico do Processo (CEP) como o uso de técnicas estatísticas para controlar um processo ou método de produção através de um gráfico. Essa ferramenta, aliada com a gestão dos procedimentos internos, podem ajudar a:
Originalmente desenvolvida pelo norte-americano, ex-físico, engenheiro e estatístico Walter Shewhart, em 1924, esse gráfico de controle ajuda a registrar dados e permite ver quando um evento incomum ocorre. Isso é possível graças à observação do valor muito alto ou baixo em comparação com o desempenho considerado típico para o processo.
O processo CEP se tornou usual durante a Segunda Guerra Mundial pelos militares, nas instalações de munições e armas. A demanda cada vez maior por esses produtos os forçou a procurar uma maneira melhor e mais eficiente de monitorar a qualidade de cada um sem comprometer a segurança.
O Controle Estatístico do Processo preencheu essa necessidade. E com esse resultado, ele foi utilizado depois pelas empresas japonesas de manufatura, onde ainda é usado hoje.
Mas só foi na década de 1970 que começou a ganhar aceitação global devido à pressão da indústria americana por produtos de alta qualidade importados do Japão. Hoje, essa é uma ferramenta de qualidade amplamente utilizada em diversos setores.
Os gráficos de controle tentam distinguir a variação do processo entre dois tipos:
Esses dados são plotados em um gráfico com limites de controle pré-determinados. Os limites são definidos pela capacidade do processo, enquanto os limites de especificação são determinados pelas necessidades da empresa.
Vários testes podem ajudar a determinar quando um evento fora de controle ocorreu. Assim, à medida que mais testes são realizados, maiores são as chances de ter um alerta real.
Para começar a colocar em prática o Controle Estatístico do Processo na sua operação, é preciso seguir uma série de 5 passos. Então conheça agora quais são!
Para que o CEP funcione, você precisa de dados. E antes disso, é preciso escolher as ferramentas que farão essa captação.
Contar com uma plataforma de checklist é essencial para manter os registros ao longo do tempo e já conseguir acessá-los de forma rápida.
Essa alternativa ainda facilita no momento de fazer o acompanhamento no chão de fábrica, já que algumas soluções não dependem exclusivamente da conexão com a internet para funcionar.
Agora que já tem em mãos os dados históricos, você já consegue identificar os comportamentos ao longo do tempo. Com isso, você deve fazer uma média e calcular qual o desvio padrão para determinar o LSC, que é o Limite Superior de Controle e o LIC, o Limite Inferior de Controle.
Agora o gráfico já pode ser construído. Basta criar a linha do LSC, a outra linha LIC, e no meio incluir uma linha média. Após criar esse molde, basta adicionar os dados entre esses intervalos.
Com os dados inseridos no gráfico, você já pode verificar e analisar mais a fundo as variações que aconteceram no processo. Com ele, já fica claro quais os pontos que passaram dos limites definidos.
O grande passo que você pode dar depois de realizar a análise das variações é identificar as causas de cada uma, já que vai conseguir visualizar quando e onde aconteceram.
Além disso, já é possível traçar o plano de ação para melhorar as falhas do processo. Para isso, é importante usar outras ferramentas, como o 5W2H. Com ela, fica muito mais fácil encontrar os problemas e traçar os planos de ação logo em seguida.
Mas para que o Controle Estatístico do Processo funcione de fato, é importante fazer e responder uma série de perguntas:
Utilizar o CEP traz uma série de benefícios para a operação. Uma das principais vantagens é que ele coloca a responsabilidade pela qualidade diretamente nas mãos dos profissionais ligados aos processos.
Outro benefício importante é que ele permite que os operadores determinem se um processo está fora de controle antes que algum defeito apareça. Portanto, essa vantagem proporciona um trabalho de prevenção cada vez melhor.
Mas o ponto principal é que o Controle Estatístico do Processo permite que as pessoas que realizam o trabalho saibam que estão produzindo produtos em conformidade e realizem ações preventivas. Afinal, agora é possível ver os processos com sinais de desvio do controle.
Além disso, outros benefícios são:
Agora você já sabe todos os detalhes sobre o Controle Estatístico do Processo? Então confira também as 4 formas de controle que precisa fazer para manter a qualidade da matéria-prima na indústria e conheça nossa solução através de uma demonstração gratuita!