PIB: Brasil pode desempenhar um melhor cenário em 2022

Nesta primeira semana de outubro, o Banco Mundial (BM) aumentou sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2022. Assim, o BM subiu em 1 ponto percentual sua previsão, saindo de 1,5% para 2,5%. O banco acredita que devido a reabertura do mercado pós-Covid, bem como, a alta nos preços das commodities, o Brasil pode desempenhar um melhor cenário em 2022.

Entretanto, para 2023, a previsão do banco é que o Brasil siga o cenário da economia global, tendo um crescimento ínfimo de 0,8% no PIB. O BM acredita que isso possa ocorrer devido a ocasiões contrárias às de 2022. Ou seja, uma baixa dos preços das commodities, uma estabilização do mercado brasileiro, bem como, uma diminuição nos investimentos globais, uma vez que a alta de juros constante que os Estados Unidos da América (EUA) vem apresentando.

Outra instituição internacional que divulgou previsões idênticas às do BM foi a Organização de Crescimento e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Para a organização, o PIB brasileiro de 2022 fechará em 2,5% de crescimento, enquanto em 2023, o crescimento será de somente 0,8%. O que se deve destacar da previsão da OCDE é sua visão de crescimento para a Argentina. A organização prevê um crescimento de 3,6% em 2022 para a economia vizinha do Brasil, mesmo com todas as dificuldades que a nação vem enfrentando. De acordo com a CNN Brasil a inflação argentina deve atingir 95% até o final do ano atual.

Nesse contexto, o vice-presidente do BM afirma que para um melhor resultado, o Brasil deve melhorar sua situação fiscal. O VP acredita que toda a América Latina está inserida em uma mesma condição para 2023 e cabe, agora, trabalhar bem para melhorar os números previstos. Ademais a essas afirmações do BM, a OCDE prevê um crescimento econômico baixo para toda a economia global em 2023, em torno de 2,2%. Entretanto, nota-se que o número previsto para o Brasil é consideravelmente menor que o global. Assim, cabe à próxima gestão do país traçar um novo plano de ajuste fiscal que evite essa queda de crescimento brasileiro e aproxime a previsão do país da previsão mundial, algo enfatizado pelo próprio vice-presidente do Banco Mundial.

 

Departamento de Economia
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