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Lira e Pacheco são eleitos presidentes da Câmara e do Senado

A representação bolsonarista indica determinação de fazer oposição ao governo nos próximos anos

Por Portal de Bebidas Brasileiras| 02/02/2023

 

Após a cerimônia de posse dos 513 novos deputados federais, nesta quarta-feira (01/02), os líderes se articularam para a formação dos blocos partidários para a eleição dos novos membros da Mesa Diretora. O deputado Arthur Lira (PP/AL) conquistou 464 votos para o cargo de presidente da Câmara dos Deputados, Chico Alencar (PSOL/RJ) alcançou somente 21 votos, Marcel Van Hattem (Novo/RS) angariou apenas 19 votos.

O resultado marcou a expressiva vitória de Lira, a consolidação de seu poder na Casa, além de ser o desfecho ao qual o Palácio do Planalto havia articulado. O apoio por parte do governo e de parlamentares de partidos alinhados à esquerda e centro-esquerda indica a aceitação de que não havia nenhum candidato que conseguisse barrar a vitória de Lira, além de não ser interessante para o governo instigar atrito com o presidente da Câmara dos Deputados como o que ocorreu durante a gestão de Eduardo Cunha (sem partido/RJ) e o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Assim, além da consagração de Arthur Lira, outros membros foram escolhidos para os seguintes cargos na Mesa Diretora: 1º vice-presidente, Marcos Pereira (Republicanos/SP); 2º vice-presidente, Sóstenes Cavalcanti (PL/RJ); 1º secretário, Luciano Bivar (UB/PE); 2º secretária, Maria do Rosário (PT/RS); 3º secretário, Júlio Cesár (PSD/PI); 4º secretário, Lúcio Mosquini (MDB/RO). Os cargos nas secretarias são para resoluções de questões administrativas da Câmara e dos parlamentares como, por exemplo, regulação de estágios, reembolso com passagens, alocação e distribuição de imóveis e outros.

A eleição no Senado Federal foi marcada pelo embate entre Rodrigo Pacheco (PSD/MG), candidato à reeleição à presidência do Senado, e Rogério Marinho (PL/RN), ex-ministro na gestão de Jair Bolsonaro (2019 – 2022). O antagonismo de ideias, propostas e apoios tornou a disputa no Senado mais interessante, inclusive na apuração dos votos. 49 votos elegeram Rodrigo Pacheco para a presidência do Senado no próximo biênio (2023 – 2024), sendo que foram 8 votos a mais do que os 41 necessários para atingir a maioria absoluta. Embora derrotado, Marinho alcançou 32 votos e sai da disputa com a possibilidade de liderar a oposição no Senado, além de ter atingido 5 votos a mais que o necessário para abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI.  De tal forma, apesar de ter sido vencida nas duas casas, a representação bolsonarista no Congresso Nacional indicou ao longo do dia a determinação de fazerem expressiva oposição ao governo nos próximos anos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Departamento Institucional
Imagem: Bruno Spada/Câmara dos Deputados