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Previsão de inflação no Brasil sobe pela oitava semana consecutiva

Banco Central mantém Selic em 10,5% ao ano para controlar a inflação

Por Portal de Bebidas Brasileiras| 01/07/2024

Pela oitava semana seguida, a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, foi revisada para cima, passando de 3,98% para 4% em 2024. A informação é do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (1º) pelo Banco Central, que compila as expectativas de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2025, a projeção da inflação também subiu, de 3,85% para 3,87%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

A estimativa para 2024 está acima da meta de inflação, mas ainda dentro da margem de tolerância estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que definiu uma meta de 3% para este ano, com um intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, de 1,5% a 4,5%.

A partir de 2025, o Brasil adotará o sistema de meta contínua para a inflação, estabelecendo um centro de meta de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Isso significa que o CMN não precisará mais definir uma meta específica de inflação a cada ano.

Em maio, a inflação foi de 0,46%, pressionada pelos preços de alimentos e bebidas, após um índice de 0,38% em abril, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de 12 meses, o IPCA registra alta de 3,93%.

Taxa Selic mantida em 10,5% ao ano

Para conter a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,5% ao ano. Recentemente, o aumento do dólar e a incerteza econômica levaram o Comitê de Política Monetária (Copom) a interromper a série de cortes na Selic iniciada há quase um ano. Em junho, o colegiado manteve a taxa após sete reduções consecutivas.

Entre março de 2021 e agosto de 2022, o Copom aumentou a Selic por 12 vezes consecutivas em resposta à alta nos preços de alimentos, energia e combustíveis. A taxa foi mantida em 13,75% ao ano de agosto de 2022 a agosto de 2023, antes que o BC iniciasse a redução da Selic. No período de menor taxa da série histórica, a Selic foi reduzida para 2% ao ano para estimular a economia durante a pandemia de covid-19.

O mercado financeiro projeta que a Selic termine 2024 no patamar atual de 10,5% ao ano. Para o fim de 2025, a previsão é que a taxa básica caia para 9,5% ao ano e, para 2026 e 2027, espera-se uma nova redução para 9% ao ano.

Com informações da Agência Brasil.