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O aumento da tributação sobre bebidas açucaradas têm gerado preocupação não apenas entre representantes e especialistas da indústria de bebidas, mas também no setor de bares e restaurantes. O comércio, que já enfrenta um cenário desafiador, pode ver sua situação se agravar significativamente com os novos impostos.
Dados sobre inflação mostram que os custos dos principais insumos, como alimentos e bebidas, subiram 4,2% em 2024, enquanto a inflação geral do setor foi de apenas 1,99%. Esse aumento de custos reflete no cotidiano dos estabelecimentos comerciais: uma pesquisa da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) revelou que 39% dos bares e restaurantes têm dificuldades em ajustar seus preços de acordo com a inflação.
As bebidas açucaradas são um dos produtos mais vendidos nesses locais, sendo amplamente consumidas pelos clientes. Com os novos tributos, os proprietários não terão escolha senão repassar o aumento para o consumidor, prejudicando assim o poder de compra dos clientes.
É importante destacar a relevância desse segmento para a economia nacional. No ano passado, bares e restaurantes apresentaram uma taxa de rotatividade de 77,6%, segundo a Associação Nacional de Restaurantes (ANR).
Fernando Rodrigues de Bairros, presidente da Afrebras, afirmou que o Imposto Seletivo vai impactar toda a cadeia produtiva. “Não serão apenas as fábricas de refrigerantes as prejudicadas, mas também os bares, mercados e todos que vendem esses produtos terão que repassar o valor ao consumidor final.”
Bairros destacou ainda que a pressa em aprovar a reforma está impedindo o governo de tomar ações mais conscientes, avaliando adequadamente o impacto em todas as áreas.