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Copom apresenta avaliação mais crítica em relação às contas públicas

Parecer do comitê foi divulgado em ata publicada nesta terça-feira

Por Portal de Bebidas Brasileiras| 24/09/2024

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central apresentou uma avaliação mais crítica em ata publicada nesta terça (24), sobre a trajetória das contas públicas do país e afirmou que tem sua atenção voltada para os desdobramentos da política fiscal. 

O colegiado usou o termo expansionista para classificar a política fiscal do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, destacou que a percepção do mercado financeiro sobre a credibilidade do arcabouço fiscal tem tido impactos relevantes no câmbio e nas expectativas da inflação. 

No documento foi apontado o efeito da questão fiscal sobre a taxa neutra, ou seja, a taxa que não estimula ou desestimula a economia, e sobre a atuação do Banco Central. Nesse sentido, listou que o enfraquecimento do esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal, o aumento do crédito direcionado e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública podem elevar a taxa de juros neutra da economia. 

Na ata, o cenário atual foi considerado desafiador. Isso porque, existe o aumento das projeções de inflação de médio prazo, mesmo que condicionadas em uma trajetória de taxa de juros mais elevada. Considerou também que o ritmo do crescimento da atividade econômica torna mais difícil o processo de convergência da inflação à meta. 

O Banco Central visa atingir 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Dentro das referências adotadas pelo comitê, a projeção de inflação para o primeiro trimestre de 2026 é de 3,5%, prazo estipulado pelo BC para a convergência do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) à meta.

Segundo o documento, todos os membros concordaram em iniciar de forma gradual o ciclo de alta de juros, com o objetivo de desacelerar a atividade econômica e garantir o controle da inflação. Na semana passada, a taxa básica, Selic, já sofreu uma elevação de 0,25% ponto percentual, passando de 10,5% para 10,75% ao ano, sendo a primeira alta feita durante o terceiro mandato de Lula. 

No entanto, a cúpula não antecipou a intensidade das próximas decisões, bem como o tamanho do ciclo da elevação da Selic.