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Gastos públicos nacionais também causam preocupações no Brasil
Por Portal de Bebidas Brasileiras| 16/10/2024
O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou que a dívida pública global deve ultrapassar neste ano, pela primeira vez, US$100 trilhões. No entanto, também existe a possibilidade desse valor aumentar, dado o cenário político que propicia o aumento dos gastos e o crescimento lento que amplia as necessidades e os custos dos empréstimos.
O relatório divulgado pela entidade também projetou que a dívida pública global poderá atingir 93% do Produto Interno Bruto (PIB) global até o final de 2024 e deve se aproximar de 100% até 2030. Tal resultado ultrapassaria os 99% registrados durante a pandemia da Covid-19.
Os dados foram divulgados apenas três semanas antes das eleições dos Estados Unidos, outro fator que deve influenciar nos rumos da economia mundial. De todo modo, o FMI reitera seu pedido por um maior controle fiscal, destacando a oportunidade do momento atual por conta do crescimento sólido e da baixa taxa de desemprego.
Brasil
O Brasil está listado como um dos países que deve ver sua dívida pública aumentar, segundo o FMI, juntamente com Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália e África do Sul.
Uma das preocupações nacionais é com os gastos do governo, destaque para o aumento do déficit público. Em 2023, o valor total foi de R$967 bilhões em comparação com os R$480 bilhões de 2022, e da mesma forma, especialistas esperam um resultado alto para 2024.
A questão gira em torno do fato de quanto mais a dívida do país crescer, maior será o risco para investimentos exteriores. Nesse cenário, o spread, ou seja, a diferença entre os preços de compra e de venda de um determinado ativo, aumenta e sobram menos recursos para a prestação se serviços à população.
Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, afirmou que a equipe econômica deve levar um conjunto de medidas de corte de gastos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva logo após o segundo turno das eleições municipais.
Nenhuma medida foi antecipada, mas Tebet disse que muitas dependem do Congresso Nacional e que caberá ao presidente decidir quais encaminhará ao Legislativo. “O Brasil já fez o dever de casa do lado da receita, não é possível mais resolver o problema fiscal pela receita”, reiterou.
Também garantiu o cumprimento das metas de resultado de déficit zero em 2024 e 2025 e de superávit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) em 2026, tema que tem causado incertezas no mercado financeiro. Contudo, deu a entender que o plano de revisão de gastos terá papel crucial para alcançar as metas.
Em agosto, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento apresentaram um plano para cortar R$26 milhões de gastos do Orçamento de 2025, com ações que não precisam da aprovação do Congresso e focam na melhoria da gestão e na redução de fraudes. Tebet declarou que o plano representa uma nova etapa no compromisso do governo em melhorar a qualidade dos gastos públicos.
Com informações da Agência Brasil