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O Banco Central apresentou uma novidade para a economia brasileira: o Drex. Trata-se de uma versão digital do real, que pretende atuar como uma versão eletrônica do papel-moeda, com base na mesma tecnologia das criptomoedas, a blockchain.
Os testes com a plataforma começaram em março de 2023, sendo o principal objetivo do Banco Central possibilitar aplicações online por empresas, com desenvolvimento descentralizado, como nas iniciadoras de pagamento, ferramenta que permite pagamentos fora dos aplicativos dos bancos.
Os primeiros testes aconteceram em setembro do ano passado, a fim de garantir a segurança, a privacidade e a agilidade entre o real digital e os depósitos tokenizados das instituições financeiras.
A segunda fase de teste teve início em julho e, agora em outubro, deve receber propostas de instituições financeiras para o projeto-piloto. O foco será o desenvolvimento de negócios vinculados a smart contracts (contratos inteligentes), ou seja, programas que executam automaticamente os termos e as condições de um contrato, assim que ele for ativado.
Com isso, ações, como transferências de dinheiro, pagamentos, registros, multas por atrasos, ocorrem automaticamente, o que reduz custos e melhora a eficiência. Compra e venda de veículos, de imóveis e negociações de ativos do agronegócio são exemplos de operações com contratos inteligentes.
Dadas as características do Drex, alguns rumores surgiram de que este seria o fim para o Pix. No entanto, a nova moeda não deve substituí-lo, já que tem como objetivo principal oferecer novos tipos de transações, ao contrário do Pix que é usado para transferências instantâneas entre contas bancárias.
Segundo o atual diretor e próximo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, o Drex tem potencial para “produzir uma revolução” no sistema financeiro do Brasil, com destaque para o mercado de crédito. Na sua visão, o projeto possui características que poderiam contribuir para a redução do custo do crédito no país.
Originalmente, a nova moeda deveria entrar em circulação no fim deste ano ou no início de 2025, mas o desenvolvimento da moeda digital atrasou. Por conta disso, o lançamento foi adiado para 2026. Os testes com os contratos inteligentes vão até o fim do primeiro semestre de 2025.