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Empresas devem se preparar para os impactos da reforma tributária no caixa

Novos desafios financeiros e operacionais em 2025, exigindo ajustes em custos, preços e estratégias

Por Portal de Bebidas Brasileiras| 12/11/2024

Hands of female entrepreneur working with bills and documents

A regulamentação da reforma tributária avança no Congresso Nacional, e as empresas já precisam avaliar os desafios que o texto aprovado poderá trazer aos negócios, especialmente no fluxo de caixa. As decisões políticas ainda são falhas, e é preciso considerar os impactos dessas medidas sobre o setor privado.

A preocupação com os efeitos da reforma tributária no fluxo de caixa é uma das mais urgentes, visto que o cenário econômico atual já é desafiador. Muitas empresas enfrentam dificuldades com capital de giro e capacidade de pagamento. Com a alíquota média do IVA prevista em 28%, será fundamental reduzir custos e aumentar a geração de receita para manter a saúde financeira.

Um dos principais impactos virá com a adoção do Split Payment, sistema de retenção automática de tributos. Atualmente, com a apuração de tributos pelo regime de competência, as empresas têm mais tempo para manter recursos no caixa, o que facilita suas operações. Sob a nova regra, o recolhimento será feito no ato da venda, enquanto os créditos das operações serão apurados e ressarcidos posteriormente, gerando um descompasso de caixa, especialmente para empresas com vendas parceladas e margens de lucro reduzidas.

Além disso, o custo inicial de adaptação ao novo sistema será significativo. As empresas precisarão atualizar seus sistemas para atender ao Split Payment e garantir o monitoramento fiscal em tempo real, o que exigirá investimentos em tecnologia e treinamento.

A transição para o novo sistema tributário será gradual e complexa, impondo a necessidade de gerenciar os dois regimes de apuração em paralelo, o que aumenta os custos. Muitas empresas, especialmente as de pequeno e médio porte, podem não dispor de recursos para contratar novos profissionais ou capacitar suas equipes para essa fase de adaptação.

Por fim, a carga tributária elevada exigirá que as empresas revisem seus preços, reformular estratégias de vendas, ajustem operações de compras e pagamentos, e busquem otimizar margens e práticas comerciais. Essas ações são essenciais para preservar um fluxo de caixa saudável e assegurar a sustentabilidade dos negócios frente aos novos desafios tributários.