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A Pesquisa de Estabelecida Financeira (PEF), divulgada pelo Banco Central (BC), apontou que a estabilidade financeira brasileira dos próximos três anos está em risco pela possibilidade de descontrole das contas públicas, e uma subsequente explosão de gastos do governo.
A conclusão foi feita a partir de entrevistas com 89 instituições financeiras. O risco fiscal, citado por 42% das instituições como maior preocupação, não variou de posição em relação a última pesquisa realizada em agosto, onde alcançou 41%.
Outros pontos destacados nas entrevistas foram “preocupações com a sustentabilidade da dívida pública e o arcabouço fiscal e seus impactos nos preços de ativos e na política monetária [juros]”. O mercado financeiro tem se mostrado receoso em relação à política monetária desde meados de setembro, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou o início do ciclo da alta da taxa Selic.
Em segundo lugar aparecem as preocupações em relação aos riscos internacionais, citados por 27% das instituições. Entre os aspectos mais proeminentes estão as repercussões da eleição nos Estados Unidos, a escalada dos conflitos geopolíticos, a desaceleração da economia chinesa e a política monetária e a atividade econômica nos Estados Unidos.
Em seguida, 12% comentaram sobre o risco de inadimplência e atividade econômica interna. A atenção para esse tópico se deve ao aumento da probabilidade de ocorrência, que fomenta discussões sobre alavancagem (expansão de dívidas) e inadimplência de famílias e empresas, além dos impactos do aperto monetário decorrente da alta dos juros.
Entretanto, o Banco Central reitera que a visão acerca do ciclo de crescimento econômico se tornou mais positiva. Além disso, o índice de confiança na estabilidade do Sistema Financeiro Nacional continua “elevado, com aumento na margem”.
Com informações da Agência Brasil.