Brasília

-

Hoje

27ºC

18ºC

Amanhã

26ºC

19ºC

IBOVESPA | -0,92% (120.975,51 pontos)

Economia brasileira deve desacelerar em 2025, projeta CNI

O avanço da economia deve ser de 2,4% frente aos 3,5% registrados em 2024

Por Portal de Bebidas Brasileiras| 23/12/2024

A economia e a indústria brasileiras devem apresentar um crescimento menor em 2025 em comparação ao observado neste ano, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A expectativa é que a economia brasileira avance 2,4% em 2025, contra 3,5% em 2024

Além disso, a CNI aponta que o PIB (Produto Interno Bruto) da indústria pode atingir 2,1%, o que representa pouco mais de um ponto percentual de diferença em relação ao estimado para este ano, que foi de 3,3%. Já a inflação oficial, calculada com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve cair de 4,8% em 2024 para 4,5% no próximo ano.

Dentre os motivos apresentados no estudo está o ciclo de alta da taxa básica de juros (Selic) retomada pelo Banco Central neste ano,  a evolução mais lenta na criação de empregos e a redução do impulso fiscal (capacidade de os gastos públicos gerarem crescimento). Também se espera que os investimentos enfraqueçam no ano que vem. 

No entanto, a CNI se mostrou otimista em relação à movimentação do dólar. De acordo com a entidade, a moeda norte-americana deve cair ao longo de 2025, atingindo uma taxa de câmbio média de R$5,70. Isso devido  a aprovação de parte do pacote de corte de gastos e o impacto neutro da reforma do Imposto de Renda, que podem reduzir o negativismo do mercado financeiro em relação ao Brasil e também reduzir a inflação do país.  

Os principais motores do crescimento do PIB em 2024 foram os resultados da indústria de transformação e um desempenho uniforme e positivo dos outros setores, o que não ocorreu no ano anterior.

Mesmo com o cenário desafiador, a indústria de transformação ainda deve apresentar um crescimento de 2,0% em 2025. Caso a projeção se concretize, esse seria o segundo ano consecutivo de alta, o que não acontecia desde o biênio de 2017 e 2018.