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Copom indica aumento de 1 ponto percentual em março
Por Portal de Bebidas Brasileiras| 05/02/2025
A taxa básica de juros, Selic, deve sofrer um aumento de um ponto percentual (p.p.) em março, aponta a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Na avaliação do colegiado, ainda não houve melhorias no que diz respeito ao cenário de inflação a curto prazo, principalmente levando em conta o aumento nos preços dos alimentos.
O último reajuste da Selic foi na semana passada, passando para 13,25% com a justificativa de ser compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta, que determina que o índice de inflação deve ficar em 3% no acumulado em 12 meses, com bandas de 1,5 p.p. para cima ou para baixo.
Além do aumento do preço do grupo de alimentos, o movimento do dólar comercial deve pressionar preços e margens para os demais itens industrializados. Outro ponto de atenção para o comitê é a inflação de serviços, que continua acima do nível compatível com o cumprimento da meta e o comportamento do mercado de trabalho, que se mostrou aquecido, juntamente com o mercado de crédito.
Esse cenário vai contra o objetivo da política econômica contracionista, que visa uma desaceleração da atividade econômica. Tanto a política e economia interna, quanto a externa interferem nas decisões do colegiado em relação à Selic.
Tendo isso em vista, um dos fatores a serem levados em conta no Brasil são as dívidas públicas, e como elas podem interferir no mercado financeiro.
Durante o ano passado as dívidas públicas geraram preocupações e tensões dentro do mercado financeiro, o que refletiu diretamente nas projeções econômicas, incluindo as referentes à inflação e à Selic. Para 2025, a expectativa é que a Dívida Pública Federal (DPF) fique entre R$8,1 trilhões e R$8,5 trilhões, de acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública para 2025, divulgado pelo Tesouro Nacional.
O valor ultrapassaria o registrado em 2024, que encerrou acima dos R$7,3 bilhões e em nível recorde. O documento, que foca nas metas para a dívida pública neste ano, demonstra que o governo criou um espaço para diminuir a fatia de títulos prefixados (com taxas de juros fixas e definidas antecipadamente) e aumentar a participação dos papeis corrigidos pela taxa Selic (juros básicos da economia).
A decisão pode ajudar a atrair os investidores aos títulos vinculados à Selic, que estão no nível mais alto em quase dois anos.
Com informações da Agência Brasil.