Pequenos negócios e fabricantes regionais temem impactos do IS

O Carnaval é marcado pelo aumento do consumo de bebidas alcoólicas e açucaradas, movimentando a indústria e a economia. Este ano, no entanto, o período também despertou novamente as discussões acerca do Imposto Seletivo e como ele pode afetar as vendas no futuro.

O tributo foi criado para desestimular o consumo de produtos considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, e faz parte das mudanças da Reforma Tributária. 

Desde do início das discussões no Congresso, os critérios usados para escolher quais produtos seriam taxados geraram polêmica e muitos contra-argumentos surgiram, tanto por parte dos representantes dos setores afetados quanto pelos especialistas. 

Muitos desses especialistas apontam, por exemplo,  que a maior parte da ingestão do açúcar consumido no Brasil não se deve apenas às bebidas industrializadas, e sim ao açúcar adicionado diretamente aos alimentos preparados em residência, o que aumenta os questionamentos sobre a efetividade da medida na mudança de hábitos alimentares da população.

No que diz respeito às bebidas, o IS pode ter impacto direto na economia nacional, já que o setor representa uma grande geração de empregos e já enfrentava taxas tributárias altas.

O imposto deve encarecer os produtos e diminuir as vendas, afetando os fabricantes regionais e os pequenos negócios. Mesmo que as mudanças da Reforma Tributária passem por um período de transição e adaptação, são esses grupos que temem pelo futuro de seus negócios.