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A tendência da “Desglobalização” na indústria de alimentos e bebidas

Consumidores demandam marcas que se preocupam com questões locais

Por Portal de Bebidas Brasileiras| 18/03/2025

O mundo atual é globalizado, funcionando através de diversas redes integradas. Isso também afeta a forma como o mercado e a indústria se organizam, incluindo o setor de alimentos e bebidas. No entanto, nos últimos anos é possível observar uma tendência de “desglobalização”.

Viver em uma realidade globalizada envolve entender que o que acontece no continente asiático, no outro lado do planeta, pode afetar a população brasileira. Mas também representa uma série de oportunidades. 

No caso da indústria de alimentos e bebidas isso se traduz em um maior público consumidor, com novos espaços no mercado. Além de maiores opções de fornecedores e contatos. O Brasil soube aproveitar bem essas potencialidades e hoje as exportações de alimentos e bebidas representam 10,8% do PIB nacional.

Porém, a pandemia de Covid-19 iniciou uma tendência de “desglobalização” para o setor. Essa crise mundial trouxe consigo uma sensação de incerteza e volatilidade. A partir disso, o consumidor passou a se atentar mais a questões sociais, ambientais e de governança, além de ser mais  resistente às cadeias de suprimentos globais.

Como consequência, marcas que priorizam a questões regionais ao invés das globais são vistas com melhores olhos pelos clientes. 

Além disso, muitas empresas enfrentam dificuldades em relação ao transporte e logísticas de produtos importados, o que pode refletir em um aumento nos preços finais. Para evitar esses gastos mais elevados, muitas buscam suas matérias -primas  nas comunidades locais.

Nesse sentido as práticas ESG (do inglês meio ambiente, social e governança) estão em sintonia com a nova dinâmica, pois contribuem com a diminuição de gastos e com o desenvolvimento regional. Trata-se de uma série de ações ambientais, sociais e de governança de uma organização.  

Com as mudanças do mercado, a indústria de alimentos e bebidas precisa repensar sua organização, aperfeiçoando processos e integrando novas técnicas. A globalização não deixará de existir, mas as marcas que privilegiarem questões locais terão uma vantagem competitiva, mitigação de custos e melhoria de margens de lucro.