Crescimento da indústria brasileira desacelera em março

A indústria brasileira demonstrou sinais de desaceleração no mês de março. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Industrial do Brasil, medido pela S&P Global, registrou 51,3 pontos ante os 53 de fevereiro. 

As pontuações acima de 50 indicam crescimento e, portanto, esta é a 14° expansão consecutiva para o setor. No entanto, a pesquisa revelou que o ritmo desse crescimento está menor.

O principal motivo apontado foi a demanda mais fraca, consequências da alta taxa de juros básica (Selic) e a desvalorização do real. Com a Selic a 14,5% ao ano, os créditos se tornam mais caros, desestimulando os consumidores. 

Ainda sim, o volume sólido de fabricação sustentou a expansão da indústria, garantindo o sexto crescimento dos últimos sete meses. Além disso, o preço dos  insumos tiveram a menor alta em três meses, diminuindo a pressão inflacionária. 

A desaceleração da indústria já era prevista pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em dezembro do ano passado. Na época, a entidade projetou um crescimento de 2,4% para 2025, frente aos 3,1% registrados em 2024.

Mesmo diante do ritmo mais fraco e das incertezas em relação ao cenário macroeconômico, representantes do setor demonstram otimismo.