Riscos ambientais na indústria de alimentos e bebidas

O aumento dos preços do grupo de alimentos e bebidas tem impactado diretamente na inflação nacional dos últimos meses. Especialistas apontam que as mudanças climáticas são um dos principais fatores por trás desse cenário que não afeta apenas a indústria brasileira, mas sim a do mundo inteiro. 

De acordo com   Relatório Global de Riscos em Alimentos, Bebidas e Agricultura de 2024 da empresa multinacional de consultoria Willis Towers Watson, 71% dos entrevistados consideram as mudanças climáticas o risco ambiental mais significativo para seus negócios.

Nesse caso o termo risco ambiental se refere a riscos físicos relacionados tanto  a perigos climáticos agudos, como inundações extremas, quanto crônicos: estresse por calor, seca e baixa disponibilidade de água. Também leva em conta os riscos associados à transição para uma economia de baixo carbono, como a mudanças nas políticas regulatórias, impostos verdes, metas de descarbonização e transformações  na área tecnológica e na demanda do consumidor.

Diante disso as empresas devem estar cientes de quais são suas vulnerabilidades a fim de distribuir de forma correta os investimentos para o gerenciamento de riscos. Essa tarefa não deve se restringir a apenas o fabricante em si, considerando também quais são os riscos climáticos que podem atingir os diferentes setores da cadeia de valor. 

O uso de dados para antecipar decisões é essencial diante dessa ameaça que apresenta uma natureza volátil. O gerenciamento eficiente de dados coletados previamente garantirá identificar de maneira rápida quais são as oportunidades e soluções em cada cenário.

Por fim, a parceria com diferentes fornecedores, e mesmo entre fabricantes,  contribui para a construção de uma resiliência climática, aumentando a segurança e estabilidade do setor a longo prazo.