Como funciona o desenvolvimento e a produção de conhecimento

O conhecimento é o campo do estudo de matérias como metodologia cientifica, administração e até psicologia (especificamente nos aspectos da formação do conhecimento na mente humana). No campo da administração, o conhecimento é considerado o capital intelectual de uma instituição ou empresa, fazendo com que esta agregue mais valor em seus produtos e serviços. Uma gestão de excelência necessita de dados que gerem informações úteis ao administrador.

Mas informações não bastam, elas precisam gerar conhecimentos. Aí nesse ponto surge a questão: o que é conhecimento?

Segundo o dicionário é a capacidade de compreender por meio da razão ou experiência, ou seja, o conhecimento surge a partir da interação do indivíduo com o ambiente, como, por exemplo, os refrigerantes surgiram em 1871 e eram produzidos inicialmente por farmacêuticos, que usavam seus conhecimentos de química e medicina e os vendiam como produtos farmacêuticos.

Conhecimentos farmacêuticos geraram uma bebida que ao chegar no mercado mudou sua finalidade e hoje em dia é muito consumida no país (o Brasil é o 10° país que mais consome refrigerante no mundo). Percebe-se então que o conhecimento vai se modificando e se refinando na medida em que se relaciona com o ambiente.

O conhecimento dentro das instituições pode ser divido entre tácito, explicito e cultural (abordaremos esse último em outro momento). A palavra “tácito” vem do latim Tacitus, que significa “não é expresso por palavras”, é um conhecimento informal dentro da empresa, é aquele conhecimento que cada indivíduo desenvolve através de suas próprias experiências, seria o Know-How de sujeitos específicos, com experiências especificas, como, por exemplo, no chão de fábrica o colaborador que trabalha com um equipamento diariamente, acaba por compreender as suas particularidades, isso através da convivência diária com o maquinário. Conhecimento esse que não vem em um manual, é de difícil formalização, no entanto, é extremante útil.

Sendo ainda mais pragmático na exemplificação desse tipo de conhecimento, é possível citar o exemplo da empacotadora mais rápida do mundo, já ouviu falar?

A pernambucana Rosilda Ferreira entrou para o livro dos recordes (Guinness book), no ano de 2009. Quando tinha 22 anos, ela conseguiu essa façanha depois da incrível marca de 50 produtos empacotados em míseros um minuto e 53 segundos. Na época, um jornal procurou uma empacotadora que trabalhava no caixa ao lado para averiguar a disparidade entre a colega e a recordista e dentro desse um minuto e 53 segundos a jovem empacotadora não conseguiu chegar nem perto desse número. Nesse exemplo, fica claro que o conhecimento tácito é individual e as outras caixas de mercado podem sim adquirir o conhecimento de Rosilda, mas somente por assimilação, através de muita observação.

Por outro lado, o conhecimento explícito entende-se por aquele que está formalizado, através de textos, imagens, vídeos entre outros infográficos. O conhecimento explícito é transmitido dentro das corporações através de treinamentos e eventos de educação corporativa, são ensinos que devem fazer parte da rotina da empresa. Saber qual é o capital intelectual da empresa permite ao RH saber quais são as necessidades na hora de contratar, quais são os conhecimentos necessários para cada cargo ou área.

O capital intelectual agrega valor à empresa como um todo, afinal de contas capacidade intelectual e de refinar o conhecimento no decorrer de cada situação faz com que os projetos melhorem e os processos se tornem mais eficientes. Também é necessário entender que um conhecimento tácito pode se tornar conhecimento explícito e o contrário também pode ocorrer.

A capacidade de absolvição de conhecimento tanto dos colaboradores como da instituição em si, faz com que esta esteja apta a se adaptar às mudanças de mercado que estão cada vez mais constantes. Sem contar que, sabendo as limitações do próprio conhecimento, o gestor pode buscar meios com os quais possa eliminar os gargalos presentes em cada área.