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Afrebras denuncia modelo de competição que prejudica produtores de bebidas

Associação defende que concorrência oligopolística é desleal e injusta.

Por Portal de Bebidas Brasileiras| 28/09/2021

Dando continuidade à série sobre as diversas formas de concorrência, no texto de hoje abordaremos a competição imperfeita, mais precisamente a concorrência oligopolística. O setor de refrigerantes e cervejas brasileiro se encontra em um mercado com características de oligopólio, ou seja, poucas empresas detêm a maior parte do poder econômico.

Atualmente, existem quatro grupos que controlam a maior parte do mercado de bebidas alcoólicas e não alcoólicas, entre eles estão: Coca-Cola, Ambev, Heineken e Grupo Petrópolis. Essa forma de concentração de mercado é extremamente prejudicial para o setor de bebidas pelas as seguintes razões:

❖ Controle artificial de preços;
❖ Baixa concorrência;
❖ Discriminação de preços;
❖ Decisões que podem enfraquecer o mercado;
❖ Gera barreiras à entrada de novas empresas;
❖ Existência de conluios.

As empresas regionais de bebidas são muito prejudicadas por esse tipo de prática anticompetitiva. Isso porque os preços dos produtos podem subir acima do preço de mercado, a falta de competição pode fornecer produtos de baixa qualidade e essa situação acaba minando as empresas de bebidas regionais de operarem. Ou até acabar com a possibilidade de novas empresas do ramo surgirem.

Alguns casos podem ser citados como exemplos: das fusões e aquisições de empresas como a Brahma/Skol/Antarctica pela a Ambev. E até mesmo, posteriormente, a Coca-Cola, que comprou o grupo Schweppes. Nos últimos 20 anos, mais de 500 empresas de bebidas fecharam devido às barreiras de mercado que esses oligopólios produzem.

A Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras) denuncia esse modelo de competição que prejudica os consumidores e produtores de bebidas. Em especial os pequenos fabricantes, que precisam confrontar essas externalidades de mercado. É importante cobrar do setor público ações que combatam essas práticas de mercado com soluções isonômicas, produtivas e que estimulem as economias regionais.