Entenda o papel das barreiras na formação de oligopólios

Barreiras à entrada e saída são uma das principais características de um oligopólio. Elas são responsáveis por restringir o fluxo de empresas que transitam em um determinado segmento. No caso do setor de bebidas, isso pode ser verificado pelo fechamento de mais de 500 indústrias nas duas últimas décadas.

As barreiras são as causas de origem de poder de monopólios e oligopólios e a razão pela a qual muitos negócios se tornam pouco lucrativos. Por exemplo, empresas pequenas de refrigerantes e cervejas brasileiras precisam desembolsar mais recursos para entrar no setor oligopolizado pela Ambev, Coca-Cola, Petrópolis e Heineken.

Isso acontece porque os custos com desenvolvimento, produção, propaganda e publicidade são altos e as pequenas empresas não possuem todo esse capital disponível. Se manter nesse tipo de negócio pode custar muito caro, e essa é uma das razões pela qual houveram fechamentos das fábricas regionais de bebidas ao longo dos últimos 20 anos.

Esse modelo econômico é extremamente prejudicial à economia. A diminuição da concorrência pode levar a piora dos produtos e o aumento do preço de mercado. No setor de bebidas, isso pode ter efeito até no mercado de trabalho, pois boa parte das fábricas regionais geram empregos diretos e indiretos em áreas onde a atividade da indústria de transformação é de pequena intensidade.

Por esta razão são importantes políticas econômicas de regulamentação comercial, medidas antitruste, fiscalização contra fixação de preços de revenda (atacadistas exigem aos varejistas que vendam certos produtos a determinado preço, e não seguindo ao preço de mercado). Todas essas sugestões de soluções para o setor público são fundamentais para preservar essas indústrias em funcionamento e a roda da economia girando.

É preciso tratar igualmente os desiguais na exata medida de suas desigualdades.