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Cooperbebidas já nasce com mais de 70 filiadas

#Coopernamídia

Por Portal de Bebidas Brasileiras| 21/10/2021

Sediada em Brasília (DF) e com filial operacional em Pouso Alegre, no Sul de Minas, a Cooperbebidas, cooperativa que reúne pequenos produtores de bebidas, já nasce com mais de 70 filiadas. A ideia é ajudar os pequenos produtores brasileiros a ganhar competitividade ao fazer compras coletivas de insumos, principalmente no exterior.

De acordo com o presidente da Cooperbebidas, Fernando Rodrigues de Bairros, além da crise econômica que afeta todos os setores, os pequenos produtores de bebidas – alcoólicas ou não – sofrem com a grande concentração do mercado brasileiro nas mãos de poucos players.

“O mercado brasileiro é dominado por três ou quatro gigantes globais, o que faz com que os pequenos produtores sejam menosprezados pelos fornecedores. Uma das nossas demandas mais urgentes, por exemplo, é por garrafas de vidro. Temos no Brasil apenas três fabricantes. Eles não se interessam por quem compra pequenos volumes e assim estamos desabastecidos. A primeira missão da cooperativa será fazer uma compra coletiva no exterior para conseguir preços mais baixos”, explica Bairros.

A Cooperbebidas nasceu depois de uma longa discussão iniciada em 2018. A formalização da cooperativa se deu no fim do ano passado e o lançamento público no início deste mês de outubro.

A participação mineira na cooperativa é fundamental pelo tamanho e variedade do mercado e também pela sua posição geográfica.

“Minas Gerais é um estado muito forte e sob o ponto de vista tributário é o mais justo com o setor, incentivando grandes e pequenos produtores. Aliado a isso, temos no Sul de Minas um corredor logístico importante, capaz de integrar as regiões do País e próxima ao porto de Santos (SP), o que é determinante para o sucesso das nossas operações”, afirma.

Ao longo da pandemia, os hábitos de consumo mudaram, impactando em cheio os pequenos produtores. Com a margem de lucro mais apertada e sem caixa para suportar grandes inovações, muitas ainda enfrentam enormes dificuldades para continuar existindo.

“A crise dentro do setor de bebidas para os pequenos produtores é permanente porque é um mercado muito concentrado. Durante a pandemia, o consumo mudou das embalagens individuais – onde tínhamos maior margem -, consumidas nos pontos de venda, para as familiares. O volume que migrou de uma categoria para a outra não supriu a queda. As grandes indústrias têm uma gama de produtos variada e caixa para fazer mudanças rápidas, porém, isso não se repete com os pequenos. Também faltou crédito e sofremos com a quebra na cadeia de suprimentos, faltando matéria-prima e insumos como vidro e papelão”, pontua o presidente da Cooperbebidas.

Fonte: Diário do Comércio