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Maiores beneficiadas pelo governo são as que mais devem ao país

Ambev tem segunda maior dívida ativa da União, aponta Fenafisco

Por Portal de Bebidas Brasileiras| 26/10/2021

Estudo divulgado pela Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), no mês de outubro/2021, aponta que a União tem mais de R$896,2 bilhões para receber de empresas, entre essas empresas a Ambev que tem a segunda maior dívida ativa, R$6,3 bilhões.

Ao mesmo tempo em que a esfera política debate o destino das contas públicas (teto de gastos e diretrizes orçamentárias) e as novas políticas de assistência social (Bolsa Família e Auxílio Brasil), o Brasil vive uma das piores crises fiscais, com uma inflação de dois dígitos, além do crescimento da população que vive abaixo da linha da pobreza.

O estudo compreende dados das 27 unidades federativas durante o período de 2015 a 2019, e concluiu que a dívida ativa aumentou 31,4%. “Diante desse cenário há uma urgente necessidade de debater quais serão os mecanismos para contornar esse problema social”, considera Fernando Rodrigues de Bairros, presidente da Afrebras.

Uma das possíveis soluções seria a cobrança dessas dívidas. Só com a dívida ativa da Ambev seria possível:

•Financiar 15 milhões de Bolsas Famílias no valor de R$ 400
•Financiar 10 milhões de Auxílios Emergenciais no valor de R$ 600
•Financiar 4 milhões de bolsas para mestrado do CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior)

O financiamento da Capes, por exemplo, entra em momento em que houve um corte de 92% do orçamento da pasta de Ciência e Tecnologia, área fundamental para o país durante a crise sanitária da COVID-19.

“Como se não bastasse, a Ambev recebe diversos benefícios fiscais em diferentes estados, ou seja, temos uma política que incentiva esse tipo de ‘festa’ fiscal”, afirma o presidente da associação. Em outras palavras, o Estado brasileiro está deixando de arrecadar e alocar os recursos nas áreas mais fundamentais para o desenvolvimento interno.

Segundo a revista Forbes, Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, os donos da Ambev, foram eleitos entre os 10 brasileiros mais ricos do país. Paralelamente do povo brasileiro que viu sua renda regredir durante a pandemia, e voltar a sofrer com a insegurança alimentar.