Brasília

-

Hoje

ºC

ºC

Amanhã

ºC

ºC

IBOVESPA | -1,12% (125.924,19 pontos)

Recuo na fabricação industrial no setor de bebidas e substituições tributárias têm afetado os pequenos produtores

Queda na produção industrial de bebidas prejudica fabricantes regionais

Por Portal de Bebidas Brasileiras| 16/11/2021

Na última quinta-feira, dia 04, saiu o resultado da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), realizada pelo IBGE, e os dados não são animadores para o setor de bebidas.

De acordo com a pesquisa, houve um recuo na produção industrial do setor de bebidas no mês de setembro, o resultado foi de -1,7%. Em agosto de 2021, o resultado foi de -1,6%. O objetivo dessa pesquisa é acompanhar a tendência de crescimento da indústria baseada na sua produção física.

A explicação para a queda na produção de bebidas tem diversas causas, entre elas, os efeitos climáticos na produção da cana-de-açúcar, um dos mais importantes componentes na fabricação de refrigerantes, sucos e chás.

O aumento da conta de energia elétrica também foi responsável pelo recuo na produção, pois existem muitos custos envolvidos na refrigeração e no maquinário responsável pela produção de bebidas.

A falta de insumos nos mercados globais é um fator que corrobora para a queda na atividade industrial do setor de bebidas. Com a retomada da atividade econômica global causada pela desaceleração da pandemia, a demanda por produtos como garrafas PET e vidro, latas de alumínio e embalagens cartonadas cresce mais rápido que a disponibilidade desses bens no mercado.

Sistemas tributários como incentivos fiscais e a substituição tributária são artifícios que auxiliam a manter o poder econômico dessas empresas. Segundo Fenando de Bairros, presidente da Afrebras, “Esse poder econômico adquirido por esses oligopólios gera desigualdades entre os fabricantes e promovem a falta de concorrência, dificultando a indústria regional de bebidas a impor o seu espaço no mercado”, explica Bairros.

Apesar de ser uma queda generalizada no setor, as indústrias de bebidas regionais são as mais prejudicadas com essas adversidades. O monopólio de bebidas no Brasil é concentrado por 4 empresas (Coca-Cola, AMBEV, Heineken e Petrópolis), juntas controlam mais de 80% de todo mercado nacional de bebidas.