Brasília

-

Hoje

ºC

ºC

Amanhã

ºC

ºC

IBOVESPA | -1,12% (125.924,19 pontos)

Setor de bebidas recua 1,7% em setembro

Açúcar, desvalorização do real, combustíveis e crise climática estão entre os principais fatores

Por Portal de Bebidas Brasileiras| 23/11/2021

Alta no preço da cana-de-açúcar, desvalorização do real, aumento no preço dos combustíveis e crise climática estão entre os principais fatores

A alta no preço da cana-de-açúcar tem impacto direto no aumento do preço de bebidas. Tanto o açúcar como o álcool estão entre os principais insumos utilizados para a produção de bebidas alcoólicas e não alcoólicas. O aumento do preço da commoditie afeta diretamente o setor.

Só no mês de setembro, o setor de bebidas recuou -1,7% em toda sua produção física mensal, esse recuo pode ser justificado pela alta no preço do açúcar. O açúcar é uma commoditie negociada em dólar, o produto tem pouco trabalho industrial agregado e é comercializado de acordo com a oferta e demanda.

O presidente da Associação dos Produtores de Refrigerantes do Brasil (Afrebras), Fernando Rodrigues de Bairros, justifica boa parte do aumento do açúcar ao fato de ser cotado em dólar. “O real foi uma das moedas que mais se desvalorizou neste ano, no segundo semestre de 2021, a moeda variou -10,4% frente ao dólar americano”, esclarece.


Combustível e Crise climática

Outro ponto importante para o recuo do setor de bebidas em setembro é o aumento do preço da gasolina. “Com a gasolina mais cara o biocombustível (etanol) se torna um bem substituto para os motoristas, aumentando a demanda por etanol e assim desequilibra o mercado”, aponta Bairros.

Por fim, a crise climática que afeta bastante as safras de cana-de-açúcar. Além disso outras questões como as geadas e os longos períodos de estiagem prejudicam a produção. Só a região sudeste, uma das principais produtoras de cana-de-açúcar pode sofrer com uma queda na produção de 16,8%, segundo previsão da Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab).