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Por Portal de Bebidas Brasileiras| 25/11/2021
Efeitos da pandemia sobre a produção industrial encarece de custo de toda cadeia do setor de bebidas, mas a estimativa é de crescimento para o próximo trimestre
A produção de bebidas não alcóolicas recuou 1,7% em setembro, sendo que em janeiro a produção chegou a ficar 3,5% mais alta do que os índices medidos antes do período pré-pandêmico. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), realizada pelo IBGE.
Em economia, muitos bens são interdependentes, isto é, dependem de outros bens para serem produzidos e qualquer alteração nos seus dependentes afetam a cadeia produtiva e o preço. Para o presidente da Associação dos Fabricantes de Refrigerante do Brasil (Afrebras), Fernando Rodrigues de Bairros, no setor de bebidas não é diferente, a fabricação de bebidas depende de vários insumos que estão presentes tanto na produção quanto nas embalagens.
A escassez de aditivos e recipientes faz com que o valor agregado (valor final do bem), saia mais caro, principalmente no cenário atual de oferta escassa e dólar alto. O Brasil é um país que importa boa parte dos produtos, pois existem poucas indústrias nacionais, como é o caso dos fabricantes de garrafas PET.
“Sabemos dos efeitos da pandemia sobre a produção industrial e seus efeitos sobre o encarecimento de custo de toda cadeia do setor de bebidas, mas a estimativa é de crescimento para o próximo trimestre”, avaliou o presidente da Afrebras de olho na comercialização das bebidas para as festas de fim de ano.
Boa parte dos aditivos são commodities, mais especificamente commodities químicas, como o ácido cítrico e o benzoato de sódio. E as commodities são precificadas e negociadas em dólar, ou seja, tendem a aumentar de preço à medida que o dólar se valoriza.
Outro ponto que explica os reajustes no preço final das bebidas é a oferta reprimida. Com a retomada das atividades econômicas a demanda cresce mais rápido que a oferta, isso faz com que o preço aumente e desequilibre o mercado de bens.