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A hipocrisia do protecionismo econômico

Ações governamentais para proteger a indústria de resina PET prejudicam o setor bebidas

Por Portal de Bebidas Brasileiras| 17/12/2021

O protecionismo econômico é um conjunto de práticas governamentais que visam preservar o mercado interno. Tais práticas consistem, na maioria das vezes, em medidas que restringem ou proíbem importações de determinados produtos de outros países para o Brasil, com o intuito de proteger o mercado nacional da concorrência externa.

O problema dessa prática é que o Brasil ainda é um país muito fechado, isto é, tem pouca participação no comércio exterior. Isso somado ao processo de desindustrialização, gera a escassez de muitos produtos e insumos absolutamente necessários, tais como: a resina termoplástica do gênero PET (Politereftalato de Etileno), material utilizado na fabricação de garrafas.

A carência da resina PET vem causando muita preocupação no setor de bebidas, pois é o principal componente para fabricação de embalagem do produto, por esse motivo a importação de insumos é uma alternativa essencial para a indústria de bebidas.

A indústria produtora de resinas termoplásticas ainda é muito concentrada no Brasil, existem poucas empresas atuando no mercado nacional, que por sua vez, tem uma demanda muito grande pelo o produto. De acordo com os dados da Circular nº 80/2021, publicada pela Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia (Secex), a multinacional tailandesa Indorama é a maior fabricante, respondendo por 56% da produção, já a outra multinacional mexicana Alpek responde por 44%.

Para o presidente da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras), Fernando Rodrigues de Bairros, o monopólio desse produto é inconcebível. “É um absurdo que essas empresas monopolistas tenham a cara de pau de pedir proteção de mercado ao governo brasileiro”, opina Bairros. Ele ainda argumenta: “Se não têm competência de atuar no mercado interno que não se estabeleçam”, arremata.

Na apreciação do presidente da entidade, os governos de outrora corruptos não estão mais no poder. “Cremos que o governo Brasileiro não irá avalizar essas atrocidades cometidas contra o mercado interno”, conclui.