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Rico cada vez mais rico, pobre cada vez mais pobre

Durante pandemia ricos dobraram patrimônio, enquanto maior parte da população brasileira passa fome

Por Portal de Bebidas Brasileiras| 19/01/2022

ECONOMIA

Parece até refrão de música, mas são informações reais da atual situação econômica brasileira. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil está entre os dez países do mundo com o pior índice no que se refere a má distribuição de renda. A famosa frase “poucos com muito e muitos com nada”, representa perfeitamente o atual cenário econômico do País.

Um estudo divulgado recentemente pela Oxfam Brasil, mostra que durante a pandemia, a cada 26 horas surge um bilionário, enquanto a renda de 99% da população do mundo todo cai drasticamente. A realidade é que mais de 160 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza. Ou seja, enquanto um pequeno grupo de pessoas já ricas dobram seu patrimônio, milhões morrem pela falta de acesso à saúde pública, fome e crise climática. A canção de ‘As meninas’, lançada em 1999 e que dá título à essa matéria, nunca foi tão atual como em 2022, e é de fato uma metáfora do setor de bebidas brasileiro.

No Brasil, o debate público acerca da tributação sobre grandes fortunas ainda engatinha na esfera política, justo no país de bilionários como Jorge Lemann, sócio e fundador da Ambev e do grupo 3G Capital. O empresário possui uma fortuna estimada em 96,5 bilhões de reais (avaliada em 2021).

Os mecanismos tributários sobre renda e patrimônio que deveriam contribuir para correção da disparidade socioeconômica, corroboram para manutenção de um cenário cada vez mais desigual. Além dos ricos não pagarem impostos sobre muito de seus bens, como: jatinhos, jet-ski e lanchas, ao contrário do trabalhador comum, que paga o IPVA do seu carro, eles são beneficiados por um Imposto de Renda que engole a massa trabalhadora e a classe média.

O mesmo acontece na indústria de bebidas do Brasil. Enquanto fabricantes multimilionárias como Ambev, Coca-Cola e Heineken são beneficiadas com a isenção de seus impostos exorbitantes – que poderiam ser direcionados para financiar o bem estar social – indústrias regionais são obrigadas a pagarem tributos altíssimos ao governo.

A desigualdade social é um problema sério que afeta diversas estruturas da sociedade brasileira, e é mais que obrigação da esfera política debater melhores soluções para combater essa disparidade.


Com informações da Oxfam Brasil e Carta Campinas