Matérias-primas essenciais para a produção de bebidas podem sofrer aumento com o conflito entre Rússia e Ucrânia

ECONOMIA

A guerra no leste europeu prejudica a logística de diferentes matérias-primas necessárias para a fabricação de bebidas. Além de que, a Rússia, o segundo maior produtor de petróleo do mundo, está diretamente envolvido no conflito.

Outro problema do lado russo são os fertilizantes. O Brasil é responsável pela importação de cerca de 26% do composto químico fabricado no leste europeu. Os fertilizantes são importantes para as plantações de cana-de-açúcar, milho, trigo e cevada, commodities necessárias para a produção de bebidas alcóolicas e não alcoólicas.

Há também um impacto direto no preço do milho e do trigo, pois, a Rússia e a Ucrânia são países com um dos solos mais férteis do mundo. As duas nações são responsáveis por 30% de todo trigo exportado no mundo e aproximadamente 20% de todo milho.

O trigo e o milho são fundamentais para a produção cervejas e destilados, mas também são essenciais para a produção de aditivos que refinam as bebidas. Como é o caso da goma xantana, aditivo para espessar bebidas feitas a base da glicose do milho.

O conflito também aumenta o choque de oferta dos semicondutores, componentes importantes para o funcionamento de máquinas e equipamentos industriais. Os semicondutores sofrem com escassez global desde o começo da pandemia de Covid-19, e essa escassez pode se agravar com a guerra.

A redução linear do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) de 25% poderá mitigar o aumento de preço dos insumos, e a carga tributária mais leve deve contrapor os preços internacionais afetados pelo conflito.

 

 

 

 

Crédito Imagem: Banco de Imagens – Pixabay