Produção industrial começa 2024 em queda

O início de 2024 trouxe consigo uma queda na produção industrial, com uma taxa negativa de 1,6% registrada em janeiro em comparação com dezembro do ano anterior, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF). Apesar desse revés, analistas permanecem otimistas em relação à recuperação econômica, atribuindo-a à possível redução da taxa Selic e à subsequente melhoria nas condições de crédito, o que beneficiaria o setor industrial.

Essa queda representa uma revisão do crescimento, passando de 1,1% para 1,6% em dezembro em comparação com novembro. Entretanto, em relação a janeiro do ano anterior, houve uma expansão de 3,6%.

O final de 2023 foi marcado por dois meses consecutivos de alta: novembro (0,6%) e dezembro (1,6%), resultando em um crescimento acumulado de 2,9% entre agosto e dezembro. Ao longo do ano, a indústria apresentou quatro taxas negativas, duas estabilidades e seis taxas positivas.

Essa queda recente é a mais expressiva para o mês desde 2018, quando houve um recuo de 2,4% na série de ajustes sazonais. Desde então, janeiro registrou três taxas negativas: em 2019 (0,5%) e em 2022 e 2023 (0,1%). Em contrapartida, os anos de 2020 (1,3%) e 2021 (0,7%) apresentaram taxas positivas.

Diante desses números, os economistas mantêm o otimismo. A perspectiva é de um crescimento equilibrado para a indústria nacional, considerando que, embora a produção industrial tenha iniciado o ano em queda, essa queda foi bastante concentrada em algumas atividades de peso elevado. Portanto, outro índice esperado para este ano é o crescimento no primeiro trimestre.