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Como a Covid-19 se relaciona com a segurança dos alimentos?

Ao cozinhar, é importante lavar bem as mãos e não preparar alimentos se apresentar sintomas

Por Comunicação - Confrebras*| 30/03/2021

Apesar de ser recente e ainda muitos estudos precisam ser feitos para completo entendimento do comportamento do vírus da Covid-19, os mais recentes relatos do FDA (Food and Drug Administration – agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos) indicam que o vírus pode permanecer ativo por até 72 horas.

Benjamin Chapman, professor e especialista em segurança dos alimentos da Universidade Estadual da Carolina do Norte, explica que, como o modo de infecção é principalmente respiratório, a chance de pegar a Covid-19 a partir dos alimentos é extremamente baixa. “De fato, não vemos evidências de vírus respiratórios transmitidos por alimentos no passado”, diz.

As principais dicas a serem lembradas ao cozinhar em casa são lavar as mãos o máximo possível e não preparar alimentos para os outros se você estiver apresentando sintomas.

Ao manusear ou preparar alimentos, recomenda-se seguir práticas padrão de segurança dos alimentos, como lavar as mãos e as superfícies com frequência, separar a carne crua de outros alimentos, refrigerar os alimentos e cozinhar os alimentos à temperatura adequada.

Mas o que é segurança dos alimentos?

Segurança dos alimentos refere-se a um conjunto de normas de produção, transporte e armazenamento de alimentos visando à preservação de suas características físico-químicas, biológicas e sensoriais. Estas normas são padronizadas, algumas inclusive internacionalmente, para permitir a circulação entre países e regiões de modo a garantir a qualidade dos alimentos.

Importante destacar que a segurança dos alimentos, apesar de fazer parte, é diferente da segurança nutricional, que está relacionada ao direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis.

Quais os principais fatores de risco da segurança dos alimentos e medidas preventivas?

Há três principais riscos:

– Risco biológico: relacionado à presença de vetores contaminantes (microorganismos) nos alimentos, tais como fungos, bactérias e vírus (sim, é possível ter vírus nos alimentos e falaremos um pouco mais sobre isso mais pra frente).

– Risco químico: quando há a possibilidade de presença de resíduos tóxicos ou compostos alheios, ou em quantidade excessiva, ao preparo do alimento.

– Risco físico: quando há a presença de corpos estranhos, geralmente materiais utilizados no processo de preparação do alimento que acabam contaminando-o.

Para o controle e redução destes riscos, há a evolução e aumento do rigor da legislação com normas de uso de agrotóxicos, por exemplo, procedimentos de vigilância sanitária de estabelecimentos, criação de órgãos governamentais de controle e fiscalização entre outros.

Outro fator importante na garantia de processos alinhados com a segurança dos alimentos é o estabelecimento de uma cultura nas empresas que considerem esta questão como primordial. Para tanto, desde a alta gerência, e passando por todos os profissionais, é importante criar um ambiente voltado à gestão dos riscos mencionados.

Isso passa em estabelecer processos e controles rigorosos e despertar em cada colaborador a consciência da importância de rotinas diárias para manutenção da qualidade e segurança dos alimentos.

Treinamento contínuo e supervisão adequada são também parte deste processo, garantindo a conscientização e absorção dos princípios por todos os envolvidos no processo produtivo.

*Com informações da: cookitemcasa.com.br/covid-19-seguranca-alimentar/.