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Todas empresas da indústria de alimentos devem garantir qualidade e segurança dos produtos
Por Blog Qualis 22| 02/01/2020
As Boas Práticas de Fabricação (BPF), referem-se à um conjunto de práticas que asseguram as condições higiênico-sanitárias essenciais para a fabricação de alimentos, garantindo um ambiente seguro e adequado. Além disso, BPF é parte integrante dos elementos das normas de Gestão da Segurança dos Alimentos.
As boas práticas ou programas de pré-requisitos são imprescindíveis para dar sustentação ao conjunto das medidas de controle, quando falamos em Plano APPCC (análise de perigos e pontos críticos de controle).
Para que não haja nenhuma confusão, é importante salientar que PPR e BPF são, basicamente, a mesma coisa, certo?
Portanto, de acordo com a ISO 22000, a BPF (ou PPR) tem papel fundamental em fatores como controle de pragas, higiene e saúde dos colaboradores, higiene do ambiente, equipamentos, superfície de contato, etc. Em suma, o objetivo é garantir as condições higiênico-sanitárias dos estabelecimentos de produção, armazenagem e transporte dos alimentos.
Bom, até aqui já é possível notar que estamos tratando de um assunto sério e práticas imprescindíveis na indústria alimentícia não é mesmo? Então vamos nos aprofundar um pouco mais no assunto:
De acordo com a ANVISA, todas as empresas da indústria de alimentos e serviços alimentícios devem adotar as Boas Práticas de Fabricação, como forma de garantir a qualidade, conformidade e segurança dos alimentos.
Na legislação geral da BPF, disponibilizada no site da ANVISA, entre outras citações, constam:
RDC nº 275/2002
Essa Resolução foi desenvolvida com o propósito de atualizar a legislação geral, introduzindo o controle contínuo das BPF e os Procedimentos Operacionais Padronizados, além de promover a harmonização das ações de inspeção sanitária por meio de instrumento genérico de verificação das BPF. Portanto, é ato normativo complementar à Portaria SVS/MS nº 326/97.
Portaria SVS/MS nº 326, de 30 de julho de 1997
Baseada no Código Internacional Recomendado de Práticas: Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos CAC/VOL. A, Ed. 2 (1985), do Codex Alimentarius, e harmonizada no Mercosul, essa Portaria estabelece os requisitos gerais sobre as condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação (BPF) para estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos.
Portaria MS nº 1.428, de 26 de novembro de 1993
Precursora na regulamentação desse tema, essa Portaria dispõe, entre outras matérias, sobre as diretrizes para o estabelecimento de Boas Práticas de Produção e Prestação de Serviços na área de alimentos.
Se tiver interesse em conferir outras legislações sobre os alimentos, basta acessar o site da ANVISA clicando aqui.
Bom, já sabemos que as boas práticas são fundamentais no que se refere a exigências da legislação e requisitos de normas importantes. Entretanto, existem reais benefícios na implantação desse conjunto de práticas ou trata-se meramente de burocracia?
Se você possui essa dúvida, saiba que existem sim muitos benefícios para a Organização, e não é à toa que esta é tratada como um assunto tão importante. Além de ser a base da montagem de Planos APPCC (ou HACCP), a BPF pode gerar melhorias, tais como:
Os Procedimentos Operacionais Padronizados (POP) devem ser escritos de forma objetiva e com instruções sequenciais para a realização de operações rotineiras e específicas na produção, armazenamento e transporte de alimentos. O Manual de BPF deve conter os seguintes Procedimentos operacionais padronizados de acordo com a RDC 275 da ANVISA:
Se você está no segmento alimentício e ainda não adotou as boas práticas de fabricação, já passou da hora de implantar essas práticas na cultura organizacional. Para garantir a eficácia do programa, invista na constante capacitação dos colaboradores e com os cuidados da higiene do seu estabelecimento.
Os benefícios poderão ser sentidos tanto interna, como externamente. O máximo esforço deve ser adotado para garantir a produção de alimentos seguros. Assim é possível ter uma fábrica dentro das condições higiênicas, legais e ainda estabelecer uma boa relação com o mercado, clientes e fornecedores.