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Eles afirmam que a companhia interrompeu o fornecimento de matéria-prima para algumas empresas
Por Portal de Bebidas Brasileiras| 01/06/2022
#Afrebrasnamídia
Eles afirmam que a companhia interrompeu o fornecimento de matéria-prima para algumas empresas, mas manteve o abastecimento para grandes indústrias
Empresários do setor de refrigerantes afirmam que estão com as suas produções afetadas e até paralisadas porque a White Martins interrompeu abruptamente o fornecimento de CO2 para eles. O gás é matéria-prima essencial para a produção de bebidas gaseificadas.
MEGAFONE
Por outro lado, eles afirmam que a companhia manteve o fornecimento de CO2 para grandes fabricantes, como a Coca-Cola. “É de uma irresponsabilidade sem tamanho. Como ela privilegia um fabricante em detrimento de outro?”, indaga Fernando Rodrigues de Bairros, presidente da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras).
MEGAFONE 2
O deputado federal Enio Verri (PT-PR) entrou com uma representação no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) pedindo a abertura de um inquérito para que a situação seja apurada. O órgão afirma que a denúncia está sendo analisada pela Superintendência-Geral em “procedimento de acesso restrito”.
ESTOPIM
Segundo o documento, ao continuar o fornecimento do CO2 para a Coca-Cola e deixar outros fabricantes sem o insumo, a White Martins “fere os interesses da coletividade, impede o público consumidor de ter acesso a uma maior diversidade de produtos no mercado, possibilita a manipulação de preços ao consumidor final e viola as garantias constitucionais da livre iniciativa e da livre concorrência.”
ESCASSEZ
Os empresários afirmam que o problema começou em março. Eles dizem que foram informados sobre a interrupção do fornecimento de CO2 por meio de uma carta. Na ocasião, a White Martins liberou os fabricantes para buscarem o insumo com outras empresas —muitos tinham contrato de exclusividade com a companhia.
ESCASSEZ 2
O problema, segundo o setor, é que essas outras empresas são incapazes de atender a demanda do mercado, já que a White Martins é a principal fornecedora da matéria-prima no país. Com isso, segundo a Afrebras, o preço do CO2 aumentou de R$ 1,50 para cerca de R$ 20 o quilo.
PREJUÍZOS
Alguns empresários tiveram de paralisar as suas produções. É o caso da Cervejaria Bali Hai, de Santa Catarina, que está há três meses com a fabricação de cervejas interrompida por causa da falta do insumo. “E a gente não tem previsão de quando a situação será normalizada”, afirma Dayane Titon, diretora comercial da empresa.
PREJUÍZOS 2
O problema atinge especialmente fabricantes do Sul e do Sudeste do país, segundo a Afrebras.
TENTATIVA
A White Martins diz que “está atuando intensamente para manter o fornecimento aos seus clientes, independentemente do porte”. Segundo a companhia, há restrições “em algumas localidades específicas em função da parada de manutenção da empresa que fornece CO2 bruto para a principal planta de produção da empresa, localizada em Cubatão (SP)”.
RESPOSTA
Ainda segundo a White Martins, a situação de falhas no fornecimento é temporária. “Os clientes foram avisados antecipadamente de que poderia haver restrições temporárias no suprimento de CO2 em função da prioridade do fornecimento destinado ao armazenamento de vacinas e transporte de órgãos, assim como aplicações ambientais.”
“A companhia reitera que está empreendendo todos os esforços para manter o fornecimento aos seus clientes, trazendo o produto da Argentina, Bolívia, Colômbia e Estados Unidos, além da transferência do CO2 de outras plantas da companhia na Bahia e em Minas Gerais”, diz a nota.