Brasília

-

Hoje

28ºC

18ºC

Amanhã

26ºC

19ºC

IBOVESPA | -0,73% (130.793,41 pontos)

FMI projeta uma dívida pública global de US$100 trilhões para 2024

Gastos públicos nacionais também causam preocupações no Brasil

Por Portal de Bebidas Brasileiras| 16/10/2024

O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou que a dívida pública global deve ultrapassar neste ano, pela primeira vez, US$100 trilhões. No entanto, também existe a possibilidade desse valor aumentar, dado o cenário político que propicia  o aumento dos gastos e o crescimento lento que amplia as necessidades e os custos dos empréstimos. 

O relatório divulgado pela entidade também projetou que a dívida pública global poderá atingir  93% do Produto Interno Bruto (PIB) global até o final de 2024 e deve se aproximar de 100% até 2030. Tal resultado ultrapassaria os  99% registrados durante a pandemia da Covid-19.

Os dados foram divulgados apenas três semanas antes das eleições dos Estados Unidos, outro fator que deve influenciar nos rumos da economia mundial. De todo modo, o FMI reitera seu pedido por um maior controle fiscal, destacando a oportunidade do momento atual por conta do crescimento sólido e da baixa taxa de desemprego.

Brasil

O Brasil está listado como um dos países que deve ver sua dívida pública aumentar, segundo o FMI, juntamente com Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália e África do Sul. 

Uma das preocupações nacionais é com os gastos do governo, destaque para o aumento do déficit público. Em 2023, o valor total foi de R$967 bilhões em comparação com os R$480 bilhões de 2022, e da mesma forma, especialistas esperam um resultado alto para 2024. 

A questão gira em torno do fato de quanto mais a dívida do país crescer, maior será o risco para investimentos exteriores. Nesse cenário, o spread, ou seja,  a diferença entre os preços de compra e de venda de um determinado ativo, aumenta e sobram menos recursos para a prestação se serviços à população.  

Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, afirmou que a equipe econômica deve levar um conjunto de medidas de corte de gastos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva logo após o segundo turno das eleições municipais. 

Nenhuma medida foi antecipada, mas Tebet disse que muitas dependem do Congresso Nacional e que caberá ao presidente decidir quais encaminhará ao Legislativo. “O Brasil já fez o dever de casa do lado da receita, não é possível mais resolver o problema fiscal pela receita”, reiterou. 

Também garantiu o cumprimento das metas de resultado de déficit zero em 2024 e 2025 e de superávit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) em 2026, tema que tem causado incertezas no mercado financeiro. Contudo, deu a entender que o plano de revisão de gastos terá papel crucial para alcançar as metas. 

Em agosto, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento apresentaram um plano para cortar R$26 milhões de gastos do Orçamento de 2025, com ações que não precisam da aprovação do Congresso e focam  na melhoria da gestão e na redução de fraudes. Tebet declarou que  o plano representa uma nova etapa no compromisso do governo em melhorar a qualidade dos gastos públicos.

Com informações da Agência Brasil