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Guedes diz a Alcolumbre que enviará reformas do governo entre março e abril

Presidente do Senado afirma que reforma tributária será tema prioritário no congresso neste ano

Por O Globo| 03/03/2020

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), cobrou do ministro Paulo Guedes empenho do governo na tramitação da reforma tributária no Congresso. Os dois se reuniram nesta segunda-feira na residência oficial do Senado. Segundo relatos de aliados de Alcolumbre, Guedes se comprometeu em enviar, entre março e abril, as propostas do governo para as reformas tributária e administrativa.

Partiu de Alcolumbre o pedido de conversa com Guedes. O presidente do Senado estava incomodado com a posição do governo sobre a reforma tributária. Antes do carnaval, ele instalou a comissão mista no Congresso que debaterá as propostas da Câmara e do Senado sobre o assunto.

No evento, parlamentares repetiram que, apesar do esforço no Legislativo, a reforma não andaria sem a participação do governo que, depois de ensaiar enviar um texto sobre o assunto, terminou 2019 sem se posicionar.

Alcolumbre disse a Guedes que deseja ter a reforma tributária como tema prioritário do Congresso em 2020, acrescentando que não sente que o governo tenha a mesma disposição. Pediu a ele uma participação mais efetiva do Executivo na elaboração de uma proposta consensual com Câmara e Senado.

Segundo relatos, Guedes assentiu e prometeu se engajar. O ministro se comprometeu em participar de uma reunião com os integrantes da comissão mista sobre a reforma esta semana ou na próxima.

O presidente do Senado disse ainda ao ministro que quer fazer um calendário para votar a reforma ainda este semestre. Ele lembrou que, como é ano eleitoral, dificilmente será possível avançar em uma pauta mais complexa depois de julho, quando os parlamentares costumam estar envolvidos nas disputas em suas bases.

Por isso, Alcolumbre disse que não quer gastar energia com pautas de costumes no primeiro semestre. Quer se dedicar às reformas.

Na conversa, Guedes admitiu que declarações e iniciativas controversas do governo “não ajudam”. Nenhum episódio específico foi citado. Recentemente, além do compartilhamento pelo presidente Jair Bolsonaro de um vídeo no WhatsApp convidando para manifestações em 15 de março – que têm o Congresso como um dos alvos -, o próprio ministro causou polêmica ao comparar servidores públicos a “parasitas” e ao dizer que, com dólar mais baixo, “todo mundo” estava indo para a Disney, nos Estados Unidos, inclusive “empregada doméstica”.