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Lobby ataca de novo? Ambev tem reunião marcada com ministro da Economia

Em audiência agendada para esta sexta-feira (6),multinacional tentará pressionar Guedes, em Brasília

Por Braian Bernardo| 06/12/2019

Como forma de pressionar o governo, o presidente da Ambev, Jean Jereissati, deve reunir-se nesta sexta-feira (6) com o ministro da Economia, Paulo Guedes. De acordo com agenda oficial, a audiência da multinacional com  Guedes deve discutir assuntos como investimentos no país e simplificação da carga tributária estadual e federal.

Desde o início do ano, representantes de multinacionais de bebidas, como Coca-Cola, Ambev e Heineken, que possuem empresas instaladas na Zona Franca de Manaus, vem pressionando contra o governo federal. O lobby insiste para que seja mantido o esquema de benefícios fiscais que favorece à farra de créditos e a concorrência desleal no setor de bebidas.

Em novembro, o ministro da Economia apresentou um pacote de mediadas que prevê o corte linear de 10% nos chamados “gastos tributários”, incentivos a setores da economia por meio da redução de impostos. Isso inclui programas como o Simples Nacional. No entanto, o corte pouparia os incentivos regionais, como os da Zona Franca de Manaus.

Pressão em outubro

No início do mês de outubro, no mesmo dia em que passou a vigorar a alíquota de 10% de IPI para fábricas de concentrados, representantes da Coca-Cola tentaram pressionar o governo em reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para manter incentivos fiscais às fábricas multinacionais da Zona Franca.

Ao fim do mês, representantes da Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas) se reuniram também com Carlos Alexandre para insistir em manter o esquema de regalias às multinacionais de bebidas.

Contra o presidente da República

Em abril de 2019, a reunião da bancada do Amazonas no Congresso Nacional com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), no Palácio do Planalto, deixou deputados e senadores frustrados após verem que a pressão exercida sobre o governo não teve efeito. Naquela ocasião, o valor da alíquota estava em 12% e o esquema queria de volta os 20% para o IPI do concentrado de refrigerantes, que lhes resultaria em créditos que compensavam pagamento de IR e ICMS.