O cenário econômico nacional é incerto, afirma Copom

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central (BC) afirmou que a economia nacional passa por um “cenário de elevada incerteza”. Diante desse entendimento, o colegiado voltou a aumentar a taxa básica de juros Selic, que agora está em 14,75% ao ano. 

Além disso, não sinalizou um possível fim para o ciclo de alta da Selic, já que as decisões em torno da política monetária dependem sobretudo do comportamento da inflação, que deve ser controlada através da limitação do consumo.

Se por um lado essa política pode controlar a alta do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), usado para calcular a inflação oficial do país, por outro gera uma diminuição da demanda por bens e serviços, o que já afeta o desempenho da indústria.

Já o mercado financeiro projeta que deve permanecer no patamar atual passando apenas por uma manutenção ao longo do ano. Enquanto para 2026, o Boletim Focus indica uma taxa básica de 14,5% ao ano, um corte de 0,25 ponto percentual. 

As preocupações em torno da inflação não são exclusivas do Brasil, já que outros países também enfrentam dificuldades. A questão gira em torno da pandemia de Covid-19.

Nesse período foi possível observar uma desaceleração da economia global, com uma rápida queda de preços. No entanto, assim que as restrições foram acabando, os preços voltaram a subir de forma alarmante. Consequentemente, tanto a inflação de países emergentes quanto dos desenvolvidos, disparou. A solução encontrada por diferentes entidades monetárias foi elevar os juros básicos. 

A grande esperança é que os índices retornem aos patamares pré-pandemia, quando o Brasil tinha inflação próxima da meta de 4,5% e uma taxa de juros abaixo de 7%. Contudo, a grande volatilidade da economia mundial pode prejudicar essa recuperação.