O símbolo do capitalismo como conselheiro de um governo “populista”

Nesta quinta-feira (06), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, esteve reunido com o “conselhão”, um símbolo dos governos petistas que foi extinto pelo ex-presidente, Jair Bolsonaro. O intuito desse grupo é aconselhar o presidente para tomar decisões mais assertivas em prol do povo.

Entre os conselheiros do governo está Victor Bicca, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir), e diretor de Relações Governamentais (Relgov), da Coca-Cola. Um governo que assume uma posição de representante das minorias, busca para integrar o seu grupo de conselheiros o diretor de uma das maiores multinacionais do mundo. 

Para o setor de refrigerantes regionais, isso é prejudicial, já que o diretor da Coca-cola defende apenas os interesses da empresa, dialogando pela continuação dos benefícios fiscais da ZFM, que prejudica os demais fabricantes do país.

O posicionamento contraditório do governo Lula apresenta-se como nas outras gestões, perante a mídia estabelece abertura para diálogo, mas na prática continua favorecendo os mesmos chefões que há anos ocupam o poder, sendo beneficiados com incentivos do governo.

De multinacionais a youtuber, os membros do conselho evidenciam a falta de coerência nas falas do presidente, que em campanha dita pela inclusão, opta por representantes de destaque midiático ao invés de pequenas minorias. 

Foto: Agência Brasil