Relatório Focus prevê inflação menor e PIB maior

O Banco Central (Bacen) liberou nesta segunda-feira (19), o relatório Focus com as previsões econômicas do mercado investidor do Brasil para os próximos anos. Foram realizadas 3 análises: uma para o Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA); uma para a taxa Selic; e, uma última para o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Assim sendo, a CNN Brasil montou a seguinte tabela a fim de evidenciar as mudanças que o mercado acredita que devem ocorrer:

Cabe evidenciar, inicialmente, a queda do IPCA que o país vivenciará em 2022 e 2023. O IPCA mede a inflação brasileira, e em 2022, carregada pelos preços do setor de transporte e do setor de alimentos e bebidas, essa chegou a atingir a máxima de 12,13%, mostrando a dificuldade que a nação brasileira teve para regular seus preços pós-pandemia da Covid-19.

A inflação brasileira apresentará considerável baixa nos anos seguintes, de acordo com o Bacen, chegando a atingir 3,50% em 2024. Entretanto, se faz necessária a atenção para a previsão de subida da inflação brasileira em 2024, ainda que baixa, essa mudança de direção pode indicar mais complicações no futuro da economia brasileira.

Em convergência a essa queda considerável do IPCA brasileiro, a taxa Selic, principal taxa de controle inflacionário, de acordo com o Bacen, se manterá constante e alta até o ano de 2024. Isso evidencia a dificuldade que o governo brasileiro tem e terá para conter seus preços nesses anos subsequentes. Cabe a gestão dos próximos anos um exímio arrocho fiscal e um excelente controle de gastos para que não ocorra um novo boom de crescimentos inflacionários.

Por fim, destaca-se a maior problemática das previsões do Bacen, o PIB. O PIB mede, basicamente, a riqueza de um país, em outras palavras, a quantidade de moeda circulando em seu território. Nesse viés, injetado por políticas sociais e incentivos fiscais, o território brasileiro se vê com um poder de compra forte em 2022, o que gerará um crescimento de 2,65% no PIB.

Contudo, as análises expostas pelo Bacen evidenciam os custos de tantas políticas heterodoxas na economia brasileira. O PIB brasileiro se manterá no mesmo nível em 2023, sem crescimentos consideráveis, e em 2024 experienciará uma recessão de 1,70%. Ou seja, todo o investimento realizado agora, gerará, futuramente, uma queda nos salários, bem como uma queda no poder de compra do povo brasileiro. Como consequência, o país viverá mais um aumento no desemprego e o aumento do IPCA.

Portanto, caberá ao próximo governo reformular os gastos do governo nacional, bem como, melhor direcionar suas finalidades. As previsões do Bacen podem ser contornadas e revistas, se mostrando bem diferentes do que estão, agora, explicitadas. Contudo, para tal, será necessário um governo firme, atento aos índices nacionais e comunicativo com o mercado de investidores.

Departamento de Economia, com informações da CNN
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