A economia circular envolve conceitos como inclusão, energias renováveis, sustentabilidade e harmonia com a natureza. A proposta circular busca os “rs” da sustentabilidade: repensar, respeitar, responsabilizar, recusar, reparar, reduzir, reaproveitar, reciclar, repassar.
Ações de economia circular reinventam modos de produção e focam no bem-estar da sociedade, por meio de uma visão holística que engloba natureza e seres humanos. Sua premissa é redução dos impactos negativos decorrentes do modo de produção linear, enraizado na primeira Revolução Industrial, no qual extrair, explorar, transformar e descartar é a única solução vislumbrada.
Europa como exemplo
Recentemente, a União Europeia apresentou um pacote de medidas sobre economia circular como estratégia voltada a estimular a fabricação de produtos sustentáveis, empoderar consumidores a investir em serviços e produtos com potencial de circularidade alto, a fim de eliminar desperdícios. A ideia é instigar a busca por soluções inovadoras e atraentes para empresários e consumidores, investindo em alternativas globais alicerçadas na sustentabilidade.
“Um novo modelo econômico requer políticas transformadoras, inovação, acesso a financiamentos, capacidade de assumir riscos, modelos e mercados comerciais novos e sustentáveis. Sobretudo, devemos abordar o fracasso passado da nossa economia para valorizar a natureza, porque nossa saúde e bem-estar dependem fundamentalmente disso”, afirma Marc Palahí, Diretor do Instituto Florestal Europeu, responsável pelo Plano de Ação da União Europeia para a Bioeconomia Circular de Bem-estar.
Conforme os signatários do Plano, a economia circular se baseia em ecossistemas saudáveis, biodiversos e resistentes e tem como objetivo proporcionar bem-estar através da prestação de serviços ecossistêmicos e gestão sustentável dos recursos biológicos. A bioeconomia circular funciona com energia renovável, inclui e interconecta de maneira integral todos os sistemas e setores da economia.
“A inovação é um elemento-chave para economia circular. Os principais aliados das empresas que buscam a circularidade são a inovação e o design”, ressalta Tatiana Assali, Gerente de Relações Institucionais do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), associação civil sem fins lucrativos, segundo a qual a economia circular deve movimentar 1 trilhão de dólares mundialmente na próxima década.