Brasília
Hoje
22ºC
18ºC
Amanhã
25ºC
17ºC
IBOVESPA | 0,05% (127.791,60 pontos)
Em painel mediado pelo presidente da Afrebras, empresários abordaram novas tendências do mercado
Por Cleomar Almeida| 26/06/2019
Indústrias de bebidas regionais estão cada vez mais atentas para atenderem a um imperativo do mercado moderno: consumidores cada vez mais exigentes e preocupados com a saúde. A avaliação é de executivos e diretores de indústrias de refrigerantes que participaram, nesta quarta-feira (26), do painel que discutiu novas tendências para o setor, durante a Fispal Tecnologia, a maior feira para a indústria de alimentos e bebidas da América Latina e onde é realizado o Confrebras (Congresso Brasileiro de Bebidas) 2019, em São Paulo. Os eventos seguem até sexta-feira (28).
Mediado pelo presidente da Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil), Fernando Rodrigues de Bairros, o painel Diversificação do Portfólio nas Indústrias de Bebidas Regionais foi realizado no Fórum TecnoDrink, dentro da Fispal Tecnologia. Participaram do painel o diretor comercial da indústria de bebidas Sarandi, Jairo Alberto Zandoná, e o diretor executivo da Rinco, Guilherme Peixoto Soares. O Confrebras é realizado pela Afrebras.
“Há necessidade de renovação [dos produtos], de redução do açúcar e de continuar prestando atenção nas exigências dos consumidores”, afirmou o presidente da Afrebras. Na avaliação de Bairros, durante um período de transição, as indústrias têm o desafio de conciliar demandas de consumidores antigos, que se acostumaram, por exemplo, com mais quantidade de açúcar, e dos mais jovens, que optam por um estilo de vida mais saudável.
O diretor executivo da Rinco ressaltou que a preocupação com as novas exigências dos consumidores “é uma tendência que não tem retorno”. “A indústria vai precisar se reinventar para buscar produtos mais saudáveis, mais naturais e menos açucarados”, afirmou. Soares disse que o caminho é investir em produtos naturais, que não envolvam açúcar, como mix de frutas. Segundo ele, também há várias opções de produtos com adicionais nutricionais ou funcionais. Por exemplo, sucos com fibras adicionadas e bebidas energéticas, respectivamente.
Além de buscar portfólios diferenciados, as indústrias regionais terão de repensar o seu modelo de negócios, segundo o diretor da Rinco. “Vamos ter de repensar os nossos negócios para não produzirmos toda gama de produtos, porque isso sai muito mais caro”, explicou. Como alternativa, segundo ele, os empresários deverão investir ainda mais nas áreas comercial e de logística, para revenderem o que não conseguirem produzir.
Cada vez mais seletivos e informados, os consumidores estão buscando informações que antes eram ignoradas, conforme destacou o diretor da Sarandi. “O consumidor está mais exigente. Agora, está lendo rótulo [dos produtos], a geração saúda está forte”, disse Zandoná. Ele concordou que, em relação ao público mais jovem, o consumidor mais antigo tem comportamento diferente, embora boa parcela da população em geral já esteja buscando produtos mais saudáveis.
Fonte: Assessoria de Comunicação e Imprensa Afrebras/Confrebras
Leia mais:
>> Confrebras enriquece qualidade do trabalho ao mercado de bebidas, diz Clélia Iwaki
>> Divulgados refrigerantes finalista do concurso Os Melhores Sabores do Brasil
>> Especialistas abordam normas do Mapa e da Anvisa
>> Afrebras, Sarandi e Rinco discutem portfólio de indústrias de bebidas na Fispal Tecnologia