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Indústria de alimentos e bebidas cresce 1% no primeiro semestre de 2020

Comparação feita pela Abia mostra que houve crescimento da geração de vagas de trabalho

Por Metrópoles| 15/10/2020

No primeiro semestre de 2020, a indústria de alimentos e bebidas constatou um crescimento de quase 1% de faturamento e 2,7% em produção. A comparação foi feita pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), tendo como base o primeiro semestre de 2019.

Os setores que mais tiveram destaque, de acordo com o estudo, foram: açúcar (22,6%), óleos (3,9%) e carnes (1,9%). Segundo a Abia, o aumento é resultado, principalmente, do desempenho do setor alimentício no mercado interno em conjunto à expansão das exportações. É preciso levar em consideração que, durante a pandemia, o consumo de alimentos dentro de casa aumentou, já que as pessoas passaram a cozinhar mais.

Ainda em relação ao período de pandemia, foi observado um crescimento da geração de vagas de trabalho, um claro reflexo da necessidade de contratação mediante o afastamento de colaboradores que se enquadram no grupo de risco da covid-19.

De acordo com a Abia, ainda que a indústria de alimento, assim como tantas outras, esteja tendo que lidar com os impactos negativos da pandemia, a produção e entrega de alimentos à população nunca para. Além de ser uma atividade essencial, há iniciativas visando o aprimoramento do setor.

Assim, a indústria alimentícia realizou ações para o monitoramento e controle de estoques no varejo, além de ter investido em proteção e segurança de forma muito bem estruturada para todos os colaboradores, sejam de fábricas ou de escritórios, entre outras atitudes capazes de otimizar o ritmo de trabalho e melhor colaborar com a produção de alimentos.

De acordo com os dados da Abia, as exportações de itens alimentícios no primeiro semestre deste ano tiveram um crescimento de quase 13%, chegando ao total de US$ 17,6 bilhões arrecadados. A base de comparação foi o primeiro semestre de 2019. O saldo comercial positivo foi de US$ 15,3 bilhões, praticamente 16% a mais do que no ano passado.

Os produtos mais exportados foram carnes (quase 12%), óleos e gorduras (30%) e açúcares (48%). Os principais países para os quais o Brasil exportou tais alimentos foram China, Holanda, países árabes e alguns outros da Ásia e Europa. A contribuição do setor alimentício para o saldo geral da balança comercial chegou ao recorde de 68,2%.

Para a Abia, o Brasil tem sido visto como um parceiro relevante e confiável por outros países, assim como uma boa opção de exportador de alimentos considerados essenciais. Isso mostra o quanto o setor tem investido em segurança e qualidade frente aos requisitos e exigências internacionais.

Com a ascensão do e-commerce durante a pandemia, surgiram novos hábitos de consumo e a possibilidade de adquirir os mais diversos produtos alimentícios pela Internet, como brownie de chocolate, bolos e outros tipos de doces. A indústria de massas (pães e bolos) faturou 36,7 bilhões em 2019 de acordo com a ABIMAPI, e tudo indica que o saldo será ainda mais positivo em 2020.