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População reagiu mal às notícias de que presidente deve ceder ao lobby de políticos do Amazonas
Por Portal de Bebidas Brasileiras| 22/01/2020
Em nova onda de repúdio à farra de benefícios fiscais para o concentrado de refrigerantes na Zona Franca de Manaus, internautas cobram postura de resistência do presidente Jair Bolsonaro contra o lobby de políticos da bancada parlamentar do Amazonas. O possível recuo de Bolsonaro em relação à sua decisão sobre a alíquota de IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) para a região amazonense não foi bem acolhido pela população de outros estados do país.
A bancada do Amazonas no Congresso Nacional, encabeçada pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), arma um lobby desesperado para forçar Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, a aumentarem a alíquota de IPI para sustentar a farra das multinacionais de bebidas instaladas na Zona Franca, como Coca-Cola, Ambev e Heineken. No entanto, Aziz, que se apresenta como o paladino da moralidade para a população, já foi indiciado por corrupção e lavagem de dinheiro.
Reviravolta sobre o IPI para indústria de refrigerantes
Em janeiro deste ano, Bolsonaro decidiu não editar um novo decreto para a indústria de refrigerantes da Zona Franca de Manaus. A ação fez permanecer os efeitos do Decreto 9.394 de 2018, assinado pelo então presidente Michel Temer, em 2018, reduzindo o percentual da alíquota de IPI de 10% para 4%. A situação provocou grande desespero de políticos do Amazonas e de multinacionais de bebidas, que rapidamente arquitetaram lobbys para pressionarem o governo federal.
Entretanto, de acordo com informações divulgadas por vários veículos da imprensa brasileira, o presidente deve ceder às pressões, contrariando sua própria decisão. Segundo informações, ele deve fixar o aumento da alíquota de IPI na região da Zona Franca para 8%. Ainda não se tem previsão para oficializar o novo decreto.
Repercussão na internet
Com a grande repercussão do possível recuo de Bolsonaro, a população brasileira criticou o lobby de políticos amazonenses e de multinacionais de bebidas. A mobilização está ocorrendo em redes socias da Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil), como Facebook e Instagram. Os internautas manifestam repúdio às regalias obtidas por grandes corporações, como Coca-Cola, Ambev e Heineken, que utilizam os incentivos fiscais da região para gerarem créditos tributários e prejudicar a livre concorrência no país.
‘Mantenha alíquota em 4% e veja o resultado’
Em um dos comentários, Rafael Antonio Saullo aconselhou o governo a manter a decisão de reduzir os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus para favorecer a economia brasileira. “Presidente Bolsonaro, faça um teste! Mantenha os 4% da ZFM sobre os refrigerantes até o final de 2020 e veja o quanto as Receitas Federal e Estadual vão arrecadar com IPI. Aguenta as “pontas” por um ano”, sugeriu.
‘Tem que acabar com o monopólio’
“Tem que acabar com o monopólio da ambas [Coca-Cola e Ambev]. Viva as artesanais e as locais”, destacou Lincoln Spartan, defendendo empresas de bebidas verdadeiramente brasileiras e os produtos regionais do Brasil.
Em outro comentário, José Luiz lembra que a decisão de não ampliar os benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus culminou no desespero de parlamentares da bancada do Amazonas.
“Essas empresas poderosas que abasteciam a corrupção no Brasil, levaram um baque muito grande do nosso presidente Bolsonaro, por isso estão desesperados. Porque acabou com as suas MAMATA”, disse Luiz, para reforçar que a ação anterior de Bolsonaro poderia acarretar no fim de ganhos desonestos por parte de multinacionais, como Coca-Cola e Ambev.